domingo, 12 de junho de 2011

"Kurt Cobain - Retrato de uma Ausência"



O mais completo e detalhado documentário sobre o músico Kurt Cobain, o polêmico líder da banda de rock Nirvana, que cometeu suicídio aos 27 anos de idade, em 1994. O filme é baseado nas mais de 25 horas de entrevistas inéditas feitas pelo crítico musical Michael Azerrad para seu livro “Come As You Are: The Story of Nirvana.” No fime, Kurt Cobain relembra os mínimos detalhes de sua vida – desde os tempos de criança, passando pela adolescência e até chegar o momento em que descobre a música, conquista a fama e se transforma, à frente do Nirvana, um dos músicos mais influentes de toda uma geração. Todas as conversas do filmes (gravadas por Azerrad) jamais foram a público antes.

sábado, 9 de outubro de 2010

KURT COBAIN: FRASES SELECIONADAS

- “Não entendo essa gente querendo me pegar, me olhar, me assistir o tempo todo. Eu estou de saco cheio. Vou mudar de profissão, não vou aguentar isso a minha vida inteira” em 16/01/93, quando se apresentou em São Paulo.

- “Não nos sentimos bem com esse tipo de progresso, tocando em lugares cada vez maiores. Se tínhamos algum objetivo, ficou para trás há algum tempo”.

- “Eu nunca quis cantar. Eu só queria ficar tocando a guitarra no fundo do palco”. Entrevista à revista Rolling Stone, 27/01/94.

- “...quando você se casa e tem um filho, descobre uma força que você não imaginava que pudesse ter.” Falando sobre a nova fase da banda com o álbum In Utero, em entrevista ao The Atlanta Journal and Constitution, 19/09/93.

- “Não quero que minha filha cresça e que seja perturbada na escola pelas outras crianças. Não quero que digam a ela que ela tem pais drogados”. Em entrevista ao Los Angeles Times em 21/09/92.

- “Pensam que eu sou um chato, uma espécie de maluco esquizofrênico que quer se matar o tempo inteiro”. Sobre o que queria dizer com a canção I Hate Myself and I Want to Die (Eu me odeio e quero morrer).

Materia Completa : Kurt Cobain: Suicídio?


Essa matéria não tem a intenção de desvendar nenhum mistério do caso Kurt Cobain. É um texto que reúne informações coletadas em pesquisas feitas na Internet. Nossa intenção é trazer essa história ao alcance dos fãs, dos curiosos e de quem mais possa interessar.


No dia 5 de abril de 1994, o líder do Nirvana, morreu com um tiro na cabeça. A investigação policial conclui que foi suicídio. Na época o caso foi muito “falado”, muito alardeado pela mídia em geral, o que com certeza tirou o sossego de muita gente que tinha contato com Kurt.

Logo de cara surgiram histórias que traziam outra versão para a morte do músico. Algumas pessoas realizaram investigações, oficiais e não-oficiais, e muitos acreditam que tudo possa ter sido uma conspiração, um assassinato, discordando da versão oficial da polícia. Vejamos alguns fatos...

O corpo do vocalista foi encontrado por Gary Smith, um eletricista contratado dias antes para fazer alguns reparos na casa de Kurt e Courtney. Smith entrou pela garagem e viu, através de uma janela, o corpo estendido no chão com manchas de sangue na cabeça. Logo que a polícia chegou, o corpo foi identificado: era Kurt Cobain, líder do Nirvana, banda grunge conhecida no mundo todo, com milhões de álbuns vendidos e fãs espalhados por todo o planeta.

A arma que matou Kurt foi comprada junto com um amigo. Dylan Carlson acompanhou Kurt a uma loja para comprar um revólver no dia 30 de março de 1994. Carlson diz que, mesmo percebendo o estado deplorável do músico (estava usando drogas em exceso nessa época), acreditou quando ele disse que precisava da arma para proteger-se de ameaças de morte. Conta que nunca pensou que Kurt poderia cometer suicídio.

Uma pessoa importante nessa história: Tom Grant, detetive particular contratado pela própria Courtney para encontrar o marido (que havia fugido de uma clínica de recuperação) apenas dois dias antes de sua morte. Grant teve acesso a uma série de informações a respeito do ocorrido, já que foi a própria Courtney quem o contratou.

Para Grant, Kurt foi assassinado. Ele justifica seu ponto de vista afirmando que nenhuma pessoa com 1,25 mg de heroína no sangue misturados a Valium - um calmante - (como revelou a autópsia de Kurt) conseguiria ter consciência suficiente para apontar uma arma para a prórpia cabeça e puxar o gatilho. É importante lembrar que, para muitos, Grant não passa de um oportunista tentando ficar conhecido com este caso...

Grant afirma que Courtney atrapalhou suas investigações de todas as maneiras possíveis quando ele começou a desconfiar de que a morte era um assassinato e que ela poderia estar envolvida de alguma forma.

O detetive inclui outra pessoa nessa história: Rosemary Carroll, advogada de Cobain. Grant alega ter gravações de conversas com Carroll, onde ela incentiva a investigação do caso, duvidando da versão de “suicídio”. Numa dessas conversas com Grant, Carrol teria dito que Love não tinha nada o que fazer em Los Angeles naquela semana (da morte de Kurt), que não tinha negócios por lá. Desse modo, Courtney Love estaria forjando um álibi. Ainda sobre Carroll, Grant conta que a pedido de Cobain, a advogada estaria preparando os papéis de divórcio e tirando o nome de Love do testamento do músico.

O livro Who Killed Kurt Cobain? (Quem Matou...) de Max Wallace e Ian Halperin, lançado em abril de 1998, também fala das investigações de Grant e os autores concordam com suas teorias. Esse livro dá gande espaço para os comentários de Hank Harrison, pai de Love. Traz também questionamentos interessantes e alguns detalhes da vida do casal.

Quatro anos depois da morte de Kurt, o diretor inglês, Nick Broomfield, inicia uma nova investigação, não oficial, patrocinada pela BBC de Londres onde procura o assasino de Kurt, ou melhor, onde procura provas de que Courtney Love seria a assasina de Kurt.

Love se recusou a participar com entrevistas ou declarações de qualquer tipo para esse filme-documentário, o que acabou por colocar mais lenha na fogueira. O documentário, intitulado Kurt And Courtney, saiu mesmo sob os protestos e esforços contrários da viúva.

Nick Broomfield é conhecido por vasculhar (e fazer documentários) a respeito de “serial killers” e, do alto de sua “sabedoria”, considera Courtney capaz de cometer um assassinato ou no caso, encomendar um, já que estava em Los Angeles quando seu marido faleceu.

Curiosamente, no documentário, Broomfield só entrevista pessoas que de alguma forma não vão com a cara de Love, o que inclui o próprio pai da moça e um ex-namorado. Mas a imagem de Love não ficou tão abalada em função deste documentário, sua crescente influencia na mídia (TV, imprensa) manteve sua imagem positiva e em alta. Além disso, o filme provocou o descrédito de muitas pessoas em função de seu tom pouco sério.

Quem assistiu a esse documentário deve ter percebido a falta de seriedade. As pessoas entrevistadas parecem, quase todas, sob efeito de entorpecentes, dizendo coisas vagas, confusas, sem nenhuma certeza do que estão contando. Desse modo fica muito difícil tirar conclusões baseadas nesse filme.

Com relação ao pai de Love, Hank Harrison (que foi empresário do Greatful Dead), ele não é exatamente uma pessoa do convívio de Love, muito menos foi próximo do casal (Kurt e Courtney). Ele aparece no filme dizendo barbaridades a respeito de Love. Está claro que ele não gosta de sua filha, ele abandonou a família quando Love era uma adolescente, mas daí a chamá-la de assassina... De modo geral pode ser considerado apenas um pai odiento, pois não tem prova de coisa alguma...

Hipotese da Morte de Kurt

na verdade ele naum se matou

mataram ele

a policia dos eua investigou o caso e chegou a conclusaum q no estado q ele estava...NUNCA iria conseguir se matar

pq ele tava drogado com 3 doses de heroina....e se matou com um tiro de 12 na cara
1° quem usa 1 dose de heroina naum consegue se levantar do chaum e pegar um garfo
imagina 3 doses e pegar uma 12 e dar 1 tiro...

2° a carta de despedida dele tava com a letra da mulher dele (eu num sei escrever o nome dela)...tudo indica q foi ela q mandou matar ele...mais naum ha provas

e 3° como eu jah disse...ele morreu com um tiro de 12 na cara..eh impossivel ele colocar a arma na cara e puxar o gatilho...naum da p/ alcançar

Cinebiografia de Kurt Cobain já pode ter um possível diretor


Depois de Marc Forster (“007- Quantum Of Solace”), o mais novo nome que aparece para dirigir a cinebiografia do cantor Kurt Cobain é Oren Moverman (atualmente indicado ao Oscar pelo roteiro de “O Mensageiro”). Segundo o The Hollywood Reporter, Moverman não só estaria interessado na direção como também quer escrever o roteiro do filme.

Desde 2007, a Universal e a Working Title tentam realizar o projeto. Naquela época, contrataram o roteirista David Benioff para adaptar o livro “Heavier Than Heaven: A Biography Of Kurt Cobain” (Mais Pesado que o Céu – Uma Biografia de Kurt Cobain), de Charles R. Cross, bem como compraram os direitos de expor a vida de Cobain e Courtney Love, sua viúva.

Se escolhido, este não seria o primeiro filme de Moverman baseado na vida de um famoso nome da música. Ele também foi responsável pelo roteiro de “Não Estou Lá”, cinebiografia do cantor Bob Dylan. Até o momento, David Benioff (“A Passagem”) ainda é o roteirista responsável pelo projeto.

Na obra, o jornalista Charles Cross relata o envolvimento do cantor com a esposa, Courtney Love, o vício em heroína e o seu relacionamento com a banda Nirvana, até o dia de seu suicídio. A viúva do músico será produtora executiva do projeto, de acordo com a Variety.

Últimos dias de vida de Kurt Cobain inspiram filme de Van Sant

LOS ANGELES (Reuters) - O novo filme do diretor Gus Van Sant pode ser inspirado em Kurt Cobain e dedicado a ele, mas quem for ao cinema esperando encontrar uma visão sensacionalista do suicídio do roqueiro do Nirvana não o encontrará em "Last Days".

O filme estreou em Nova York e Los Angeles na sexta-feira e traz Michael Pitt, de "Os Sonhadores", no papel de um músico que, em sua enorme casa de campo, tenta se esconder de sua carreira, sua família, seus colegas de banda e de seus fãs que agem como parasitas.

Feito em tom mais reflexivo do que documental, "Last Days" rejeita muitas das convenções dos filmes narrativos comerciais -- embora Van Sant, que dirigiu "Gênio Indomável", não seja novato quando se trata de fazer filmes que agradam ao grande público.

Como os dois filmes anteriores do diretor, "Last Days" toma como ponto de partida um fato real. "Gerry" (2002) era sobre dois caminhantes perdidos no deserto, e "Elefante", que ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes em 2003, acompanha um grupo de estudantes de um colégio nos dias que antecederam um massacre semelhante ao de Columbine.

Como nesses dois filmes, Van Sant, nas conjecturas que faz sobre o mergulho final de Cobain em 1994, não procura tanto encontrar respostas quanto fazer sugestões e observações.

Em entrevista recente, o diretor disse: "Não existe uma resposta só, na realidade. Se ela existe, tendo a pensar que as respostas viram bodes expiatórios, de certo modo. As pessoas querem encontrar respostas, do mesmo modo que querem encontrar culpados. Não importa se o sujeito ou a sujeita foi responsável de fato pelo crime, desde que haja alguém que se possa enforcar."

Mas questões complicadas como morte, suicídio e assassinatos em massa, diz ele, não comportam respostas simples. "Em 'Last Days', mostramos instâncias de coisas que poderiam estar angustiando o personagem, mas não afirmamos 'foi essa a razão, com certeza'."

Van Sant se interessou pelo capítulo final da saga de Kurt Cobain precisamente porque se sabia tão pouco sobre ela.

O que se sabe é que Cobain, combatendo a dependência de heroína, uma doença estomacal crônica e a insegurança criativa, passou seus últimos dias em solidão quase total, até isolar-se na estufa de sua residência em Seattle e disparar uma arma em sua boca. Seu corpo só foi encontrado depois de vários dias.

O filme acompanha um personagem inspirado em Cobain em tomadas longas, enquanto ele procura proteger sua solidão ameaçada de uma série de colegas, amigos e desconhecidos, incluindo quatro fãs drogados que estavam vivendo em sua casa.

Michael Pitt contribui com suas próprias composições musicais. Não há canções do Nirvana no filme.

Para formar o elenco, Van Sant recorreu tanto a atores profissionais (Lukas Haas, Ricky Jay, Asia Argento) quanto a novatos como a cantora Kim Gordon, da veterana banda de indie rock Sonic Youth.

O diretor cria um clima de isolamento e desconexão no filme, rodado em sua maioria num castelo do século 19 no interior do Estado de Nova York.

De acordo com Van Sant, "Last Days" tem uma direção, mas não tem história.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Arquivo- 1 ano sem Kurt Cobain


Pensando bem, parece uma lenda. Daquelas longas, cheias de revira-voltas, e com finais que, mais do que tristes, são realistas. Comédia, aventura, farsa e tragédia, muita tragédia. A vida mais uma vez imita a arte. Daqui a uns vinte anos, todos nós q realmente vivemos este momento estaremos contando aos filhos toda aquela loucura que foram os primeiros anos da década de 90. E podem ter a certeza de que vai ser difícil acreditar que foi possível existir uma banda tão singular e perigosa como o Nirvana, numa época onde tudo estava tão domesticado e previsível. Ou um rockstar que tenha conseguido ser verdadeiramente podre de rico e infeliz ao mesmo tempo, como foi o caso de Kurt Cobain.
Kurt fazia questão de traduzir na música sua dor, decepção e tudo mais. Estava lá, nas letras, na atitude, na voz rouca que rasgava a garganta, na microfonia, no quebra-quebra de guitarras baratas. Mas ninguém percebia. Por algum mecanismo estranho e perverso, as pesssoas tendem a minimizar o sofrimento dos famosos. Exemplos como Jim Morrison (vocalista do The Doors), Jimi Hendrix e Jamis Joplin já estavam esquecidos há muito. Mas a bala que atravessou as idéias do líder do Nirvana serviu como lembrete de que às vezes o destino põe no poder um selvagem disposto a abalar as estruturas ou morrer tentando. Quiseram domesticar o cara. Mudar sua música, suas letras, a capa de seus discos. Criar clones dele. Transformá-lo em referencial de estilo e moda, tornando-o assim menos perigoso. Mas não deu. Nunca o pegaram vivo.
E, enquanto vivo, Kurt foi bem próximo de um herói. Um herói trágico, que para a mediocridade parecia mais um bandido. O fato é que, descontados todos os seus problemas pessoais, Kurt - e o Nirvana - fizeram muito pelo rock 'n roll. Aliás, o rock nunca mais foi o mesmo depois deles. Se você hoje vê novas bandas na MTV, não se esqueça de que o Nirvana é o culpado. Se você está vestindo flanela, usando cavanhaque, ou arranjou um emprego mesmo tendo cabelo comprido, o Nirvana é o culpado. Tudo de pesado que você ouve nas (poucas) rádios também está em débito com o Nirvana. Não estamos só falando de uma banda que vendeu milhões de discos - não estamos falando de Pearl Jam - , ou de uma banda que teve inúmeros hits - também não estamos falando do Metallica. O assunto também não é sobre um grupo que vive de escândalo - ou seja, nada em comum com o Guns 'N' Roses. Estamos falando de uma banda que revolucionou costumes: mudou o modo e vestir dos jovens, colocou outos tantos no mau caminho, abriu a porta para milhares de bandas, criou conceito de mercado de música alternativa, inspirou uma molecada a pegar na guitarra, e mostrou para toda uma geração acostumada a rebeldes de araque que a estrada do rock n' roll pode ser muito feia, dura e suja com quem anda de verdade na contramão. E o pior é que o Nirvana conseguiu tudo isso meio que sem querer. E em míseros três anos.
Se pensarmos um pouco além percebemos que tudo isso deve ter sido demais para Kurt. Ele teve que se acostumar desde criança com a idéia de pais separados e violentos, conviveu com a solidão e a dureza absolutas(chegou a trabalhar como vigia noturno de um laboratório). E acabou encontrando no rock um remédio para sua dor, como tantos de nós. Via shows do Black Flag, ouvia discos do Black Sabbath, do Devo, dos Vaselines, Meat Puppets, entre outros, enchia a cara e ensaiava com sua banda. Em suma, era um excluído. Tanto que custou a acreditar quando o primeiro disco do Nirvana, Bleach, de 1989, vendeu razoavelmente bem e levou-os para uma grande gravadora (a Geffen). Era a ascenção.
Então veio setembro de 1991, e com ele Nevermind. Sucesso infinitamente superior ao esperado, shows lotados, fãs histéricos, os mais antigos virando as costas. Clips que não saíam da MTV, entrevistas nas mais importantes revistas do planeta, todo mundo querendo saber direito o que era esse tal de 'teen spirit' e 'como é esse Kurt ou Curt ou Kurdt Cobain' (ele assinava dessas três formas). Tudo ao mesmo tempo. O ano de 92 foi o paraíso: casamento, drogas, escândalos, clips, turnês, excessos. Estilistas vendendo por milhares de dólares coleções imitando a flanela barata que os caras do Nirvana insistiam em usar. Dezenas de gravadoras procurando o 'novo Nirvana' e dando oportunidade à bandas novas. E muito, muito dinheiro. Era a glória.
De lá pra cá, todo mundo se lembra: o Nirvana escapou ao controle de todos, inclusive de seu líder e criador. Fãs antigos elitistas crucificando a banda, fãs novos querendo um pedaço de Kurt, abutres da imprensa marcando cerrado e executivos gordos ganhando em cima. Qualquer Axl Rose da vida relaxaria e deixaria a máquina registradora tilintando, às vezes surrando uma garota ou outra só pra manter a fama de mau. Mas Kurt Cobain se negava a isso. Misturava-se ao público em todos os shows que ia, vestia-se como um ser humano normal, dava forças para as bandas de amigos que não tinham sucesso. E peitava os decision-makers de sua gravadora, os retrógrados das cadeias de loja de discos, a imprensa sensacionalista, os censores de plantão. Atitude não muito inteligente, não muito segura, mas corajosa demais.
Só que tudo tem limite. A luta era solitária. Toda a estrutura viciada era mais forte, o que deprimia Kurt. Assim, como todo rockstar sensível, ele entrou numa rota inconsciente de suicídio. As drogas, que já era frequentes, tornaram-se indispensáveis. Para piorar, musicalmente o Nirvana estava num beco sem saída. Os caras não aguentavam mais repetir a fórmula microfonia-suavidade-barulho todas as noites. Era a queda.
Claro que Kurt tentou escapar. Reinventou a banda. Incorporou novos elementos. Ensaiou febrilmente um repertório acústico que apontava o próximo caminho a ser trilhado. Mas foi em vão. O estrago já estava feito. E o tal repertório acústico se transformou num requiém belíssimo para o gênio maldito.
O que de fato nunca saberemos é se o suicídio dele tinha como objetivo chamar atenção para sua dor ou simplesmente acabar com ela de uma vez. Mas fica a impressão de que foi tudo um episódio injusto. Uma banda qualquer levaria duas décadas para operar as mudanças que o Nirvana conseguiu. Mas o Nirvana não durou duas décadas: pagou caro, muito caro, a coragem que teve. E quanto a Kurt, deve estar em paz:deixou de ser uma estrela relutante para se tornar um exemplo de tudo que não pode ser controlado. Talvez, daqui uns vinte anos, apareça outro assim para a apreciação de nossos filhos.