sábado, 9 de outubro de 2010

KURT COBAIN: FRASES SELECIONADAS

- “Não entendo essa gente querendo me pegar, me olhar, me assistir o tempo todo. Eu estou de saco cheio. Vou mudar de profissão, não vou aguentar isso a minha vida inteira” em 16/01/93, quando se apresentou em São Paulo.

- “Não nos sentimos bem com esse tipo de progresso, tocando em lugares cada vez maiores. Se tínhamos algum objetivo, ficou para trás há algum tempo”.

- “Eu nunca quis cantar. Eu só queria ficar tocando a guitarra no fundo do palco”. Entrevista à revista Rolling Stone, 27/01/94.

- “...quando você se casa e tem um filho, descobre uma força que você não imaginava que pudesse ter.” Falando sobre a nova fase da banda com o álbum In Utero, em entrevista ao The Atlanta Journal and Constitution, 19/09/93.

- “Não quero que minha filha cresça e que seja perturbada na escola pelas outras crianças. Não quero que digam a ela que ela tem pais drogados”. Em entrevista ao Los Angeles Times em 21/09/92.

- “Pensam que eu sou um chato, uma espécie de maluco esquizofrênico que quer se matar o tempo inteiro”. Sobre o que queria dizer com a canção I Hate Myself and I Want to Die (Eu me odeio e quero morrer).

Materia Completa : Kurt Cobain: Suicídio?


Essa matéria não tem a intenção de desvendar nenhum mistério do caso Kurt Cobain. É um texto que reúne informações coletadas em pesquisas feitas na Internet. Nossa intenção é trazer essa história ao alcance dos fãs, dos curiosos e de quem mais possa interessar.


No dia 5 de abril de 1994, o líder do Nirvana, morreu com um tiro na cabeça. A investigação policial conclui que foi suicídio. Na época o caso foi muito “falado”, muito alardeado pela mídia em geral, o que com certeza tirou o sossego de muita gente que tinha contato com Kurt.

Logo de cara surgiram histórias que traziam outra versão para a morte do músico. Algumas pessoas realizaram investigações, oficiais e não-oficiais, e muitos acreditam que tudo possa ter sido uma conspiração, um assassinato, discordando da versão oficial da polícia. Vejamos alguns fatos...

O corpo do vocalista foi encontrado por Gary Smith, um eletricista contratado dias antes para fazer alguns reparos na casa de Kurt e Courtney. Smith entrou pela garagem e viu, através de uma janela, o corpo estendido no chão com manchas de sangue na cabeça. Logo que a polícia chegou, o corpo foi identificado: era Kurt Cobain, líder do Nirvana, banda grunge conhecida no mundo todo, com milhões de álbuns vendidos e fãs espalhados por todo o planeta.

A arma que matou Kurt foi comprada junto com um amigo. Dylan Carlson acompanhou Kurt a uma loja para comprar um revólver no dia 30 de março de 1994. Carlson diz que, mesmo percebendo o estado deplorável do músico (estava usando drogas em exceso nessa época), acreditou quando ele disse que precisava da arma para proteger-se de ameaças de morte. Conta que nunca pensou que Kurt poderia cometer suicídio.

Uma pessoa importante nessa história: Tom Grant, detetive particular contratado pela própria Courtney para encontrar o marido (que havia fugido de uma clínica de recuperação) apenas dois dias antes de sua morte. Grant teve acesso a uma série de informações a respeito do ocorrido, já que foi a própria Courtney quem o contratou.

Para Grant, Kurt foi assassinado. Ele justifica seu ponto de vista afirmando que nenhuma pessoa com 1,25 mg de heroína no sangue misturados a Valium - um calmante - (como revelou a autópsia de Kurt) conseguiria ter consciência suficiente para apontar uma arma para a prórpia cabeça e puxar o gatilho. É importante lembrar que, para muitos, Grant não passa de um oportunista tentando ficar conhecido com este caso...

Grant afirma que Courtney atrapalhou suas investigações de todas as maneiras possíveis quando ele começou a desconfiar de que a morte era um assassinato e que ela poderia estar envolvida de alguma forma.

O detetive inclui outra pessoa nessa história: Rosemary Carroll, advogada de Cobain. Grant alega ter gravações de conversas com Carroll, onde ela incentiva a investigação do caso, duvidando da versão de “suicídio”. Numa dessas conversas com Grant, Carrol teria dito que Love não tinha nada o que fazer em Los Angeles naquela semana (da morte de Kurt), que não tinha negócios por lá. Desse modo, Courtney Love estaria forjando um álibi. Ainda sobre Carroll, Grant conta que a pedido de Cobain, a advogada estaria preparando os papéis de divórcio e tirando o nome de Love do testamento do músico.

O livro Who Killed Kurt Cobain? (Quem Matou...) de Max Wallace e Ian Halperin, lançado em abril de 1998, também fala das investigações de Grant e os autores concordam com suas teorias. Esse livro dá gande espaço para os comentários de Hank Harrison, pai de Love. Traz também questionamentos interessantes e alguns detalhes da vida do casal.

Quatro anos depois da morte de Kurt, o diretor inglês, Nick Broomfield, inicia uma nova investigação, não oficial, patrocinada pela BBC de Londres onde procura o assasino de Kurt, ou melhor, onde procura provas de que Courtney Love seria a assasina de Kurt.

Love se recusou a participar com entrevistas ou declarações de qualquer tipo para esse filme-documentário, o que acabou por colocar mais lenha na fogueira. O documentário, intitulado Kurt And Courtney, saiu mesmo sob os protestos e esforços contrários da viúva.

Nick Broomfield é conhecido por vasculhar (e fazer documentários) a respeito de “serial killers” e, do alto de sua “sabedoria”, considera Courtney capaz de cometer um assassinato ou no caso, encomendar um, já que estava em Los Angeles quando seu marido faleceu.

Curiosamente, no documentário, Broomfield só entrevista pessoas que de alguma forma não vão com a cara de Love, o que inclui o próprio pai da moça e um ex-namorado. Mas a imagem de Love não ficou tão abalada em função deste documentário, sua crescente influencia na mídia (TV, imprensa) manteve sua imagem positiva e em alta. Além disso, o filme provocou o descrédito de muitas pessoas em função de seu tom pouco sério.

Quem assistiu a esse documentário deve ter percebido a falta de seriedade. As pessoas entrevistadas parecem, quase todas, sob efeito de entorpecentes, dizendo coisas vagas, confusas, sem nenhuma certeza do que estão contando. Desse modo fica muito difícil tirar conclusões baseadas nesse filme.

Com relação ao pai de Love, Hank Harrison (que foi empresário do Greatful Dead), ele não é exatamente uma pessoa do convívio de Love, muito menos foi próximo do casal (Kurt e Courtney). Ele aparece no filme dizendo barbaridades a respeito de Love. Está claro que ele não gosta de sua filha, ele abandonou a família quando Love era uma adolescente, mas daí a chamá-la de assassina... De modo geral pode ser considerado apenas um pai odiento, pois não tem prova de coisa alguma...

Hipotese da Morte de Kurt

na verdade ele naum se matou

mataram ele

a policia dos eua investigou o caso e chegou a conclusaum q no estado q ele estava...NUNCA iria conseguir se matar

pq ele tava drogado com 3 doses de heroina....e se matou com um tiro de 12 na cara
1° quem usa 1 dose de heroina naum consegue se levantar do chaum e pegar um garfo
imagina 3 doses e pegar uma 12 e dar 1 tiro...

2° a carta de despedida dele tava com a letra da mulher dele (eu num sei escrever o nome dela)...tudo indica q foi ela q mandou matar ele...mais naum ha provas

e 3° como eu jah disse...ele morreu com um tiro de 12 na cara..eh impossivel ele colocar a arma na cara e puxar o gatilho...naum da p/ alcançar

Cinebiografia de Kurt Cobain já pode ter um possível diretor


Depois de Marc Forster (“007- Quantum Of Solace”), o mais novo nome que aparece para dirigir a cinebiografia do cantor Kurt Cobain é Oren Moverman (atualmente indicado ao Oscar pelo roteiro de “O Mensageiro”). Segundo o The Hollywood Reporter, Moverman não só estaria interessado na direção como também quer escrever o roteiro do filme.

Desde 2007, a Universal e a Working Title tentam realizar o projeto. Naquela época, contrataram o roteirista David Benioff para adaptar o livro “Heavier Than Heaven: A Biography Of Kurt Cobain” (Mais Pesado que o Céu – Uma Biografia de Kurt Cobain), de Charles R. Cross, bem como compraram os direitos de expor a vida de Cobain e Courtney Love, sua viúva.

Se escolhido, este não seria o primeiro filme de Moverman baseado na vida de um famoso nome da música. Ele também foi responsável pelo roteiro de “Não Estou Lá”, cinebiografia do cantor Bob Dylan. Até o momento, David Benioff (“A Passagem”) ainda é o roteirista responsável pelo projeto.

Na obra, o jornalista Charles Cross relata o envolvimento do cantor com a esposa, Courtney Love, o vício em heroína e o seu relacionamento com a banda Nirvana, até o dia de seu suicídio. A viúva do músico será produtora executiva do projeto, de acordo com a Variety.

Últimos dias de vida de Kurt Cobain inspiram filme de Van Sant

LOS ANGELES (Reuters) - O novo filme do diretor Gus Van Sant pode ser inspirado em Kurt Cobain e dedicado a ele, mas quem for ao cinema esperando encontrar uma visão sensacionalista do suicídio do roqueiro do Nirvana não o encontrará em "Last Days".

O filme estreou em Nova York e Los Angeles na sexta-feira e traz Michael Pitt, de "Os Sonhadores", no papel de um músico que, em sua enorme casa de campo, tenta se esconder de sua carreira, sua família, seus colegas de banda e de seus fãs que agem como parasitas.

Feito em tom mais reflexivo do que documental, "Last Days" rejeita muitas das convenções dos filmes narrativos comerciais -- embora Van Sant, que dirigiu "Gênio Indomável", não seja novato quando se trata de fazer filmes que agradam ao grande público.

Como os dois filmes anteriores do diretor, "Last Days" toma como ponto de partida um fato real. "Gerry" (2002) era sobre dois caminhantes perdidos no deserto, e "Elefante", que ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes em 2003, acompanha um grupo de estudantes de um colégio nos dias que antecederam um massacre semelhante ao de Columbine.

Como nesses dois filmes, Van Sant, nas conjecturas que faz sobre o mergulho final de Cobain em 1994, não procura tanto encontrar respostas quanto fazer sugestões e observações.

Em entrevista recente, o diretor disse: "Não existe uma resposta só, na realidade. Se ela existe, tendo a pensar que as respostas viram bodes expiatórios, de certo modo. As pessoas querem encontrar respostas, do mesmo modo que querem encontrar culpados. Não importa se o sujeito ou a sujeita foi responsável de fato pelo crime, desde que haja alguém que se possa enforcar."

Mas questões complicadas como morte, suicídio e assassinatos em massa, diz ele, não comportam respostas simples. "Em 'Last Days', mostramos instâncias de coisas que poderiam estar angustiando o personagem, mas não afirmamos 'foi essa a razão, com certeza'."

Van Sant se interessou pelo capítulo final da saga de Kurt Cobain precisamente porque se sabia tão pouco sobre ela.

O que se sabe é que Cobain, combatendo a dependência de heroína, uma doença estomacal crônica e a insegurança criativa, passou seus últimos dias em solidão quase total, até isolar-se na estufa de sua residência em Seattle e disparar uma arma em sua boca. Seu corpo só foi encontrado depois de vários dias.

O filme acompanha um personagem inspirado em Cobain em tomadas longas, enquanto ele procura proteger sua solidão ameaçada de uma série de colegas, amigos e desconhecidos, incluindo quatro fãs drogados que estavam vivendo em sua casa.

Michael Pitt contribui com suas próprias composições musicais. Não há canções do Nirvana no filme.

Para formar o elenco, Van Sant recorreu tanto a atores profissionais (Lukas Haas, Ricky Jay, Asia Argento) quanto a novatos como a cantora Kim Gordon, da veterana banda de indie rock Sonic Youth.

O diretor cria um clima de isolamento e desconexão no filme, rodado em sua maioria num castelo do século 19 no interior do Estado de Nova York.

De acordo com Van Sant, "Last Days" tem uma direção, mas não tem história.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Arquivo- 1 ano sem Kurt Cobain


Pensando bem, parece uma lenda. Daquelas longas, cheias de revira-voltas, e com finais que, mais do que tristes, são realistas. Comédia, aventura, farsa e tragédia, muita tragédia. A vida mais uma vez imita a arte. Daqui a uns vinte anos, todos nós q realmente vivemos este momento estaremos contando aos filhos toda aquela loucura que foram os primeiros anos da década de 90. E podem ter a certeza de que vai ser difícil acreditar que foi possível existir uma banda tão singular e perigosa como o Nirvana, numa época onde tudo estava tão domesticado e previsível. Ou um rockstar que tenha conseguido ser verdadeiramente podre de rico e infeliz ao mesmo tempo, como foi o caso de Kurt Cobain.
Kurt fazia questão de traduzir na música sua dor, decepção e tudo mais. Estava lá, nas letras, na atitude, na voz rouca que rasgava a garganta, na microfonia, no quebra-quebra de guitarras baratas. Mas ninguém percebia. Por algum mecanismo estranho e perverso, as pesssoas tendem a minimizar o sofrimento dos famosos. Exemplos como Jim Morrison (vocalista do The Doors), Jimi Hendrix e Jamis Joplin já estavam esquecidos há muito. Mas a bala que atravessou as idéias do líder do Nirvana serviu como lembrete de que às vezes o destino põe no poder um selvagem disposto a abalar as estruturas ou morrer tentando. Quiseram domesticar o cara. Mudar sua música, suas letras, a capa de seus discos. Criar clones dele. Transformá-lo em referencial de estilo e moda, tornando-o assim menos perigoso. Mas não deu. Nunca o pegaram vivo.
E, enquanto vivo, Kurt foi bem próximo de um herói. Um herói trágico, que para a mediocridade parecia mais um bandido. O fato é que, descontados todos os seus problemas pessoais, Kurt - e o Nirvana - fizeram muito pelo rock 'n roll. Aliás, o rock nunca mais foi o mesmo depois deles. Se você hoje vê novas bandas na MTV, não se esqueça de que o Nirvana é o culpado. Se você está vestindo flanela, usando cavanhaque, ou arranjou um emprego mesmo tendo cabelo comprido, o Nirvana é o culpado. Tudo de pesado que você ouve nas (poucas) rádios também está em débito com o Nirvana. Não estamos só falando de uma banda que vendeu milhões de discos - não estamos falando de Pearl Jam - , ou de uma banda que teve inúmeros hits - também não estamos falando do Metallica. O assunto também não é sobre um grupo que vive de escândalo - ou seja, nada em comum com o Guns 'N' Roses. Estamos falando de uma banda que revolucionou costumes: mudou o modo e vestir dos jovens, colocou outos tantos no mau caminho, abriu a porta para milhares de bandas, criou conceito de mercado de música alternativa, inspirou uma molecada a pegar na guitarra, e mostrou para toda uma geração acostumada a rebeldes de araque que a estrada do rock n' roll pode ser muito feia, dura e suja com quem anda de verdade na contramão. E o pior é que o Nirvana conseguiu tudo isso meio que sem querer. E em míseros três anos.
Se pensarmos um pouco além percebemos que tudo isso deve ter sido demais para Kurt. Ele teve que se acostumar desde criança com a idéia de pais separados e violentos, conviveu com a solidão e a dureza absolutas(chegou a trabalhar como vigia noturno de um laboratório). E acabou encontrando no rock um remédio para sua dor, como tantos de nós. Via shows do Black Flag, ouvia discos do Black Sabbath, do Devo, dos Vaselines, Meat Puppets, entre outros, enchia a cara e ensaiava com sua banda. Em suma, era um excluído. Tanto que custou a acreditar quando o primeiro disco do Nirvana, Bleach, de 1989, vendeu razoavelmente bem e levou-os para uma grande gravadora (a Geffen). Era a ascenção.
Então veio setembro de 1991, e com ele Nevermind. Sucesso infinitamente superior ao esperado, shows lotados, fãs histéricos, os mais antigos virando as costas. Clips que não saíam da MTV, entrevistas nas mais importantes revistas do planeta, todo mundo querendo saber direito o que era esse tal de 'teen spirit' e 'como é esse Kurt ou Curt ou Kurdt Cobain' (ele assinava dessas três formas). Tudo ao mesmo tempo. O ano de 92 foi o paraíso: casamento, drogas, escândalos, clips, turnês, excessos. Estilistas vendendo por milhares de dólares coleções imitando a flanela barata que os caras do Nirvana insistiam em usar. Dezenas de gravadoras procurando o 'novo Nirvana' e dando oportunidade à bandas novas. E muito, muito dinheiro. Era a glória.
De lá pra cá, todo mundo se lembra: o Nirvana escapou ao controle de todos, inclusive de seu líder e criador. Fãs antigos elitistas crucificando a banda, fãs novos querendo um pedaço de Kurt, abutres da imprensa marcando cerrado e executivos gordos ganhando em cima. Qualquer Axl Rose da vida relaxaria e deixaria a máquina registradora tilintando, às vezes surrando uma garota ou outra só pra manter a fama de mau. Mas Kurt Cobain se negava a isso. Misturava-se ao público em todos os shows que ia, vestia-se como um ser humano normal, dava forças para as bandas de amigos que não tinham sucesso. E peitava os decision-makers de sua gravadora, os retrógrados das cadeias de loja de discos, a imprensa sensacionalista, os censores de plantão. Atitude não muito inteligente, não muito segura, mas corajosa demais.
Só que tudo tem limite. A luta era solitária. Toda a estrutura viciada era mais forte, o que deprimia Kurt. Assim, como todo rockstar sensível, ele entrou numa rota inconsciente de suicídio. As drogas, que já era frequentes, tornaram-se indispensáveis. Para piorar, musicalmente o Nirvana estava num beco sem saída. Os caras não aguentavam mais repetir a fórmula microfonia-suavidade-barulho todas as noites. Era a queda.
Claro que Kurt tentou escapar. Reinventou a banda. Incorporou novos elementos. Ensaiou febrilmente um repertório acústico que apontava o próximo caminho a ser trilhado. Mas foi em vão. O estrago já estava feito. E o tal repertório acústico se transformou num requiém belíssimo para o gênio maldito.
O que de fato nunca saberemos é se o suicídio dele tinha como objetivo chamar atenção para sua dor ou simplesmente acabar com ela de uma vez. Mas fica a impressão de que foi tudo um episódio injusto. Uma banda qualquer levaria duas décadas para operar as mudanças que o Nirvana conseguiu. Mas o Nirvana não durou duas décadas: pagou caro, muito caro, a coragem que teve. E quanto a Kurt, deve estar em paz:deixou de ser uma estrela relutante para se tornar um exemplo de tudo que não pode ser controlado. Talvez, daqui uns vinte anos, apareça outro assim para a apreciação de nossos filhos.

Grunge/História

Por volta de 1988, um pequeno selo chamado "Sub-Pop" da cidade de Seattle passou a apostar em algumas bandas de rock daquela região. O que não passa de uma experiência, rapidamente se transformou numa fonte muito rentável para os donos desta gravadora.

Este novo estilo musical passou a ser denominado através de alguns críticos da mídia especializada, como Grunge Rock Movimento com termos que apenas algumas bandas envolvidas na cena gostavam ou sequer compreendiam.
Com riffs de guitarra muito criativos e letras bastante depressivas, bandas como Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden e Alice In Chains rapidamente conquistaram os E.U.A. e em seguida o mundo.
A primeira banda a se destacar dentro do Sub-Pop foi o Nirvana, sendo logo contratada por uma grande gravadora (Geffe Records), na qual lançaram o Álbum "Nevermind" que revolucionou o Rock nos anos 90. O primeiro hit deste álbum foi "Smells Like Teen Spirits", depois tendo quase todo o álbum estourado nas rádios mundiais.
O Nirvana passou a ser uma referência musical muito forte. As atitudes de seus integrantes eram extremamente diferente de todo os "astros pops". Seus shows eram como ensaios em garagens.
Um exemplo da popularidade do Nirvana era o fato de que todas as bandas anunciadas nas camisas de seu vocalista Kurt Cobain, logo passaram a serem conhecidas por todos.
Em seguida uma banda chamada Pearl Jam alcançou o status de grande banda com o maravilhoso Álbum "Ten"."Alive" é o nome da primeira música a se destacar, depois vieram outras como "Even Flow", "Jeremy" etc.
Nos shows do Pearl Jam, a banda apresentava uma vitalidade e dedicação enorme às músicas. Seu vocalista Eddie Vedder da show a parte, pois sempre faz acrobacias subindo nas torres de iluminação e dando "Mosh" no público.
Logo após vieram outras bandas como Alice In Chains, com suas letras melódicas depressivas, Soundgarden, mostrando inteligência de seu vocalista Chris Cornell e Sonyc Youth, que conheceu o sucesso depois de mais de 10 anos de estrada.
Em 1994, um fato que abalou o mundo musical foi o suicídio do líder do Nirvana, pelo fato de já não agüentar tanta popularidade e não saber lidar com isso. Ele foi encontrado com um tiro de rifle na cabeça no chão de sua casa em Seatle, a qual hoje em dia se tornou ponto turístico de fãs de várias partes do mundo, ainda não se sabe realmente a causa da morte dele, existem duas teorias "Assassinato e Suicídio", eu pessoalmente acho que foi assassinato, mas isso é outra história.
Muitas bandas ainda estão na estrada, algumas mudaram um pouco o seu estilo, Pearl Jam, outras continuam do mesmo jeito que começaram com o Alice In Chains.
Muitas bandas que surgiram nos anos 90 tem em seu estilo, um pouco desse som de Seattle. É o caso de bandas como o Silverchair, Stone Temple Pilots e Bush, só para citar algumas.
Mesmo tendo passado algum tempo, muitas pessoas ainda curtem o estilo GRUNGE de ser, se vestido com roupas de flanela, calças rasgadas e tênis imundos, sem ligar a mínima para a aparência.
"Esta é um pouco da História que sabemos sobre este movimento.
Somos parte dele porque curtimos todas as bandas citadas acima.
Não temos preconceitos contra bandas de outros estilos, até gostamos de algumas.
Nos identificamos melhor com o GRUNGE por termos a principal característica deste movimento: a simplicidade".

Shows Históricos

1985 - GESSCO Hall - Olympia, WA
A primeira performance de que se tem notícia de Kurt. Ele apenas recitou alguns poemas e improvisou instrumental de musicas de Dale Crover e Buzz Osbourne. Tocaram com o nome de Brown Towel.


1987 - House party - Raymond, WA
A essa altura a banda era Kurt Cobain(vocal e guitarra), Krist Novoselic(baixo) e Aaron Buckhardt
(bateria). Foram tocadas músicas "desconhecidas" como If you Must e Pen Cap Chew, além de covers de Led Zeppelin, How Many More Times e Heartbraker. Há rumores de que a banda tocou Stairway to Heaven, mas nada foi confirmado até agora. Algumas pessoas ficaram putas pois a banda não tocou muitos covers e ainda bebeu toda cerveja do lugar.


01/23/88 - Community World Theater, Tacoma, WA
Show importante para a banda, até agora o vídeo mais antigo que se tem do Nirvana é desse show.
Foi tocada músicas obscuras como Anorexorcist, Raunchola e até uma jam de Moby Dick(do Led Zeppelin).


03/19/88 - Community World Theater - Tacoma, WA
Possivelmente o primeiro show com a banda se chamando "Nirvana". Dave Foster tocou bateria. Chad estava assistindo a banda pela primeira vez.


04/24/88 - The Vogue (Sub Pop Sunday) - Seattle, WA
O primeiro show da banda em Seattle. Muitas pessoas que assistiram ao show disseram que foi horrível.
Kurt estava muito nervoso, nas palavras dele: "Aquilo não parecia um show de verdade, eu estava muito nervoso, parecia que haviam pessoas com placas julgando com notas como estaria a banda."


10/30/88 - Evergreen State College (dorm party) - Olympia, WA
Esse show tem uma história muito estranha, pois foi tocado em um apartamento bem pequeno. Nas fotos aparecem Kurt e Krist com algum líquido vermelho pelo rosto e braços, parecendo ser sangue. Uma pessoa que viu o show disse: "Foi muito estranho, eu estava muito preocupado porque todo aquele povo pulando, eu achei que alguém sairia dali machucado, felizmente tudo ocorreu bem." É o único show de que se tem certeza que foi tocada Big Long Now.


07/18/89 - Pyramid Club (New Music Seminar) - New York, NY
Quando a banda estava tocando Floyd the Barber, um homem bêbado subiu no palco e gritou no microfone: "Fucking shit" e ficou lá pirando no meio do palco. Então Kurt tentou jogar ele de volta para o público, mas não conseguia. Krist até tentou empurrá-lo com a bunda mas não deu certo. Depois de muitas tentativas, ele e Jason Everman atiraram o sujeito para o público outra vez.


11/22/89 - U4 - Vienna, Austria
Esse show foi muito legal, a banda tocou com energia e no final Kurt chamou TAD para tocar guitarra em Help Me I'm Hungry. Logo após Dive, um cara muito bêbado não parava de pedir About A Girl. Ele começou a gritar histérico: "Toquem About A Girl cara. Afine a porra de sua guitarra e cante sobre foder garotas cara("sing about fucking girls man")". Até que Krist se irritou e respondeu gritando também : "Eu canto About A Girl todo dia, o que você quer? Você não respeita garotas... Estamos em 1989, o que há com você cara?", e um monte de coisas a mais. Então Kurt disse: "A propósito, Krist é uma garota, essa musica se chama About A Queer". Durante o show Krist canta um pedaço de I'm a Boy do The Who.


11/27/89 - Piper Club - Rome, Italy
Nesse dia Kurt estava muito nervoso e irritado. O show estava correndo "bem", até que em Spank Thru Kurt erra a letra e quebra toda sua guitarra. Pode-se ouvir na gravação o público gritando
em coro "OWWWW". Kurt teve um colapso nervoso e ameaçou se matar depois.


12/03/89 (Sunday) - Astoria Theatre (Sub Pop Lame Fest) - London, United Kingdom
Nirvana e TAD se atrasam muito para chegar no Astoria Theatre. Chegam meia hora antes de subir no palco. Nirvana iria abrir o show(a ordem era: Nirvana, TAD e Mudhoney). O lugar estava lotado.
A guitarra de Kurt falhava e ele tinha que arrumar entre cada música. Portanto, Kurt jogou sua guitarra no fim do show em Krist, que destruiu ela com o baixo. Krist depois, descontou sua raiva pondo o baixo em volta da cabeça, sustentado pela alça. A alça arrebentou e quase atingiu Dan Peters. Poneman se referiu ao show como "um dos grandes momentos da minha vida".


01/20/90 - Legends - Tacoma, WA
Show muito legal, teve muitas músicas para esse ano de 1990, onde as setlists não eram muito
grandes. Enquanto Kurt afinava sua guitarra, Krist cantou um pedaço de All You Need is Love e
If I Fell dos Beatles. Logo após Scoff, um dos caras do Mudhoney, que estava assistindo ao show
se envolveu em uma briga com uma pessoa do público. Então Krist ou Kurt disse no microfone algo
como: "Hey, larga ele, ele é nosso amigo.".


04/26/90 - Pyramid Club - New York, NY
Kurt afirmou estar muito puto nesse show, a ponto de não querer tocar nada. Resultado: Foi uma zona.
O baixo de Krist falha várias vezes, a banda erra Been A Son e tem q começar tudo denovo. No final do show tudo foi demolido.


05/02/90 - The Milestone - Charlotte, NC
Kurt tinha comprado uma guitarra barata, e pagou o "preço" por isso. O som estava falhando muito, então Kurt improvisou em Love Buzz trocando a parte de "please don't decieve me when i hurt you just ain't the way it seems" para "i bought a new guitar for 150 dollars and it really sucks",
ficou bem engraçado.


09/22/90 - Motor Sports International and Garage - Seattle, WA
Este foi o único show que Dan Peters(hoje no Mudhoney) tocou para o Nirvana. A banda tocou super bem apesar de entre quase todas as músicas, alguém derrubar o microfone ou esbarrar em Kurt ou Krist. Dave Grohl estava no público.


10/25/90 - Leeds Polytechnic - Leeds, United Kingdom
Só de pensar sobre esse show já é de dar boas risadas. O público estava realmente fora de controle e em School Kurt improvisa as letras. As pessoas não paravam de subir no palco, e sempre esbarravam no Krist e no Kurt. Derrubavam o microfone várias vezes, e um cara até tentou roubar a guitarra de Kurt!! Kurt estava ficando irritado com tudo isso e em uma das vezes mandou uma pessoa de volta para o público com sua guitarra.


11/25/90 - The Off Ramp Cafe - Seattle, WA
Um dos shows mais importantes na história do Nirvana. A banda tava muito afim de tocar nesse dia.
Tocaram pela primeira vez músicas como Aneurysm, Oh The Guilt e Verse Chorus Verse. O som estava perfeito. Existem rumores de que foram tocadas 26 musicas e não apenas 17 como já ouvimos. Há rumores que Radio Friendly Unit Shifter foi tocada neste show.


04/17/91 - O.K. Hotel - Seattle, WA
O que pensar quando ouve-se a palavra "OK Hotel" ? Para os fãs mais ligados a shows, já vem logo a primeira performance de Smells Like Teen Spirit na cabeça. Aliás, com letras muito diferentes da que está no Nevermind. No vídeo pode-se ver a dificuldade de quem estava com a câmera no meio do público, pois estava uma verdadeira zona. Realmente marcante.


08/23/91 - Reading Festival - Reading, United Kingdom
O Reading Festival é um dos festivais mais famosos de rock na Inglaterra. Em 91, o Nirvana estava
em excursão pela Europa, e botou pra fuder nessa edição do festival. Eugene Kelly, vocalista dos
Vaselines cantou Molly's Lips junto com Kurt. A banda ainda tocou uma jam de "The End" do The Doors antes de Blew. No final, após Endless Nameless, Kurt se joga na bateria e desloca sua clavícula.
O que ele fez depois disso? Saiu dando tchau para o público como se nada tivesse acontecido.


08/25/91 - Pukkelpop Festival - Hasselt, Belgium
Como o Nirvana não era muito conhecido ainda, eles tocaram ainda no período do dia, abrindo para bandas mais "importantes", como Ramones. Um integrante dos Ramones narra um fato muito engraçado ocorrido antes do show : "Como éramos uma das bandas-chave, tínhamos uma mesa enorme no backstage onde cabiam muitas pessoas. O Nirvana tinha uma mesinha da qual cabiam 4 pessoas, eles e mais um roadie. Quando chegamos ao local, estava a banda toda(Nirvana) se esbaldando e comendo pra caralho naquela baita mesa. Então descobrimos que o Kurt havia trocado as placas dos lugares das bandas. Aí pensei 'Ta aí um cara com senso de humor' ".


09/01/91 - De Doelen - Rotterdam, The Netherlands
A banda está bêbada e entediada, ou as duas coisas.Neste show Kurt está vestindo uma roupa parecida com uma de médico de laboratório. Em About A Girl a guitarra de Kurt falha e o Dave faz batidas 'funks' na música. Em In Bloom, entram só a bateria e o baixo, tudo para. Começa outra vez.
Novamente a guitarra falha. Então Kurt abre os braços fazendo sinal de que não acredita naquilo.
Krist vai pra perto dele e começa a puxar a etiqueta de sua camisa falando algumas coisas.
Quando estão tocando Negative Creep, a guitarra de Kurt falha outra vez, aí ele fica completamente puto, tira a guitarra, sobe na bateria enquanto Dave está tocando e derruba tudo. Dave então agradece o público e sai. Só sobra Kurt no palco demolindo tudo que vê na frente. Ele bate a cabeça nos amplificadores, esvazia uma garrafa de água numa pessoa do público e fica correndo de um lado pro outro de braços abertos. Até que então se envolve numa briga com um homem que estava encostado atrás do palco. Os seguranças separam os 2 e Kurt vai embora.


10/05/91 - 40 Watt Club - Athens, GA
A banda estava bêbada e desafinada, mas o show foi aparentemente incrível. Durante "Endless Nameless", Kurt salta sobre o projeto do cenário e arranca isso do teto, incitando o público a subir no palco com a banda e quebrar tudo.


10/19/91 - Trees Club - Dallas, TX
Sabem Love Buzz que aparece no Live Tonight Sold Out? Então.. é deste show! A banda começa com uma jam chamada Formaldehyde. Quando Aneurysm começa, inicia-se a zona. O público não parava de dar mosh e invadir o palco, que era muito próximo mesmo às pessoas que assistiam ao show. Em Drain You o microfone de Kurt é derrubado. A música seguinte é School. Ah, que bagunça! E dá-lhe invasão de palco. Até que Kurt tenta chutar um cara que vai dar um mosh, mas erra o chute. Em Polly a guitarra simplesmente desaparece, Kurt pisa forte nos pedais e os chuta, mas nada adianta. O som retorna totalmente desafinado. Imediatamente após o fim da música, Kurt destrói sua guitarra na mesa de som(que era do amigo do segurança). O show para. Sete minutos até arrumarem outra guitarra pra ele tocar. Depois disso o som saía por uma caixa só e o vocal totalmente prejudicado. Em Love Buzz, Kurt pula no público e o segurança(já meio puto) puxa seus cabelos e tenta socá-lo. Kurt acerta-o com uma guitarrada na cabeça. Quando Kurt volta ao palco, leva um soco na nuca e cai no chão. Dave pula da bateria, Krist deixa o baixo, e vão segurar o segurança. A cabeça dele estava que era só sangue. O segurança então sai do lugar pra não ter mais confusão. Outros dez minutos pra tudo retornar ao normal. Krist sobe até um local para ajeitar seu baixo, Dave não fica na bateria, e Kurt apenas dedilhando sua guitarra, tocando Pennyroyal Tea. De repente joga sua guitarra levemente na bateria.
Tudo retorna ao normal e o show continua por mais 35 minutos. Quando o show acabou e a banda estava deixando o clube, o segurança e seus amigos saíram correndo atrás da banda dizendo "Vou matar você" (se referindo à Kurt). Então a banda entrou num táxi e a paz foi restabelecida.


10/31/91 - Paramount Theatre - Seattle, WA
O Halloween de 1991 foi em um único lugar apenas: No Paramount Theatre. Sim, pois o resto era
apenas brincadeira de criança. As bandas que tocaram essa noite: Screaming Trees, Bikini Kill,
Mudhoney e NIRVANA!! Foi um dos shows mais enérgicos da banda, aparece muitas músicas no Sold Out!.
Porém nada de estranho aconteceu nessa noite. Após o show, um jornalista brasileiro foi ao backstage e perguntou pro Krist: "olha, somos do Brasil e marcamos uma entrevista com vocês, não te disseram?"e ele respondeu: "Brasil? Entrevista? Não sei de nada não." Quando perguntado
sobre o que achou do show ele respondeu com 2 palavras "Fucking Great!".


11/23/91 - Vooruit - Ghent, Belgium
Um ótimo show, com uma puta setlist! Talk to Me, Oh the Guilt e Curmudgeon foram tocadas nessa
noite. On A Plain tem 2 takes, pois no primeiro Kurt para de tocar e dá um mosh. Em Where Did
You Sleep Last Night, Krist está tocando bateria e Dave o baixo enquanto está deitado no chão.
Depois alguém vem e ataca Kurt, incitando ele a tacar sua guitarra(pode-se ver isso no Sold Out!).
Nesse momento, Dave sai do palco, e Krist começa a tirar a roupa. No final, Courtney sobe ao palco.


11/25/91 - NOB radio studio - Hilversum, The Netherlands
O que temos dessa sessão de rádio é apenas Where Did You Sleep Last Night e Here She Comes Now.
Mas a verdade é que a gravação toda tem 40 minutos, incluindo vários erros. Estavam pedindo pra
banda tocar Polly e Smells Like Teen Spirit, mas Kurt não estava afim. No final, Kurt e Dave
vão embora e Krist fala: "Nós sabemos quando fodemos tudo".


11/25/91 - Paradiso - Amsterdam, The Netherlands
Mais um dos ultra-conhecidos shows da banda. Em Come As You Are, Kurt canta com uma voz horrível, zoando com toda a música. No final do show, Kurt joga sua guitarra na bateria e se atira nos braços de Dave, que o ergue até em cima e depois os dois ficam abraçados e caem no chão juntos. Show perfeito.


11/27/91 - BBC Studios (Top Of The Pops) - London, United Kingdom
Era um programa dos Top 10 da época. A pedido do programa, a banda deveria apenas fazer playback, mas eles reclamaram. Então chegou-se a um acordo no qual Kurt cantaria e o instrumental seria um playback. Kurt cantou com voz gótica, trocando a letra para "Load up on drugs, Kill your friends.." A banda mostrou nitidamente que não estavam tocando os instrumentos, com Krist jogando o baixo para cima, Dave erguendo as baquetas pro alto no solo de bateria e Kurt segurando com as 2 mãos no microfone.


08/30/92 - Reading Festival - Reading, United Kingdom
Outra edição do poderoso festival. Um ano após a primeira aparição, desta vez eles vieram como
a principal banda. Kurt entrou no palco de cadeira de rodas, e cantou um pedacinho de The Rose, do Mudhoney. A setlist foi enorme(cerca de 26 músicas). E no final, Kurt, à la Jimi Hendrix, tocou
Star Spangled Banner, enquanto o resto da banda destruía todo o equipamento no palco.


09/10/92 - The Portland Meadows (No On 9 Benefit) - Portland, OR
Show onde Kurt conta ao público todas as merdas que Axl Rose disse pra ele no Video Music Awards, que foi realizado um dia antes desse show. Então, um guri fala pra banda: "Hey cara, porque vocês não tocam apenas? Guns n'Roses é uma banda legal, Nirvana também, porque não podemos apenas curtir?" Kurt responde : "Não cara, você está errado. Axl é um cara racista, homofóbico, machista, e você não pode estar do nosso lado e do lado dele." O rapaz ainda insistindo na idiotice de que Axl era alguém diz pro Krist: "Pare de falar do Axl". Então Krist responde, "Oh, você quer falar do 'asshole?' e todo público ri. Se puder pegue uma cópia de áudio desse episódio.


10/30/92 - Velez Sarsfield Stadium - Buenos Aires, Argentina
Calamity Jane estava abrindo o show para o Nirvana, mas algumas pessoas do público começou a atirar coisas na banda, e falar coisas machistas, obrigando a banda a se retirar do palco. Então Kurt ficou puto, jogou a setlist fora e decidiu que o show seria totalmente improvisado. Logo após Breed, Kurt toca apenas 7 segundos de Smells Like Teen Spirit e já começa a tocar Beeswax. Com uma nítida falta de vontade, ele canta Come As You Are apenas dizendo "hey hey hey" por uma boa parte da música. Depois de apenas 11 músicas, Kurt diz: "Agora é o nosso 'break', com vocês, senhoras e senhores, Mr.Dave Grohl, que fará um solo de bateria"... Dave responde: "Desculpem, não vou dar uma de baterista." Logo após Kurt voltar, Dave fica falando toda hora no microfone: "A E O A E O". Krist fala para Kurt: "Vamos tocar In Bloom." e Kurt não se lembra dos acordes. Quando acaba Been A Son, Dave começa a fazer batidas 'techno' e Kurt fala: "Vamos, dancem!" O público vaia. Em All Apologies, Kurt canta o final com um gemido totalmente sem chance de se entender o que está dizendo. A última música tocada é Endless Nameless, da qual tem um solo de guitarra de 20 minutos!!


01/16/93 - Estádio Morumbi - São Paulo , Brasil
Dave - "Havia uma loja no Maksoud Plaza, e na farmácia eles vendiam calmantes. Quando chegou a hora de ir pro estádio tocar, eu tive que procurar por Kurt, e o encontrei lá, tomando um calmante atrás do outro. Eu fiquei horrorizado. Quando entramos no palco a atmosfera era diferente de tudo que já vi. 120 mil pessoas! A primeira música que tocamos foi School. Kurt começou cantando com uma voz absurda e tocando a guitarra muito lentamente. Eu olhei pro Krist, e ele veio e me disse perto dos ouvidos: 'Rápido, Rápido, pelo amor de deus'. "
Logo antes do show, João Gordo leu uma nota feita por Krist, se desculpando por ter dito a "Veja"
que 80% dos fãs do nirvana eram idiotas. Entre as músicas In Bloom e Lithium, o público pedia
mais. Durante Smells Like Teen Spirit, Kurt parou tudo e disse "Desculpe, eu não enxergo muito bem com luz azul", se referindo a iluminação do palco. Depois a banda resolveu trocar de instrumentos: Dave foi pro baixo e vocal, Kurt pra bateria e Krist na guitarra. Eles assassinaram covers como We Will Rock You(cantando We Will Fuck You), Rio do Duran Duran, Run to the Hills, Seasons In The Sun de Terry Jacks e Kids Of America da cantora Janet. No fim do show, Kurt começou seu ritual de quebrar a guitarra, ele destruiu tudo e jogou os pedaços da guitarra para a galera.
Courtney subiu no palco, ela não gostou de ver a guitarra que tinha dado para Kurt no natal, ser
destruída contra o chão. O show havia acabado. Eles tocaram tão mal, que parte do público foi
embora. Uma revista brasileira descreveu o show assim : "Até hoje os fãs do Nirvana estão esperando um show que 'não' aconteceu. Um depressivo Kurt apenas fazendo barulho com sua guitarra foi o que vimos. Tentou até acordar o público com Territorial Pissings em uma guitarra totalmente desafinada.
Courtney Love apareceu para tentar salvar a noite de um completo desastre, mas era tarde demais. A noite que era pra ser chamada de 'a noite do Nirvana' acabou quando o L7 saiu do palco.".


01/23/93 - Praça da Apoteose (Hollywood Rock Festival) - Rio de Janeiro, Brasil
Quem tem esse vídeo já deve ter assistido ele inúmeras vezes. Kurt entrou com um pijama e dessa vez o estrago não foi tão grande quanto o de São Paulo. Tocaram uma setlist grande, e fizeram sátiras ao cigarro Hollywood. Polly está totalmente modificada, pois Kurt canta "Polly wants some smoke.." e poraí vai. Em Smells Like Teen Spirit, a banda chama Flea, do Red Hot Chili Peppers, pra fazer um solo de trompete. Em On A Plain, Kurt começa com Been A Son. A partir de Scentless Apprentice Kurt começa a pirar. Ele desce do palco, vai até o público, esfrega uma camisa de flanela na guitarra e se dirige até as câmeras. Cospe nelas, e simula uma masturbação em frente de uma delas. Depois disso tudo um "encore". E lá está de volta a banda. Kurt vestido com uma camisola e enchimentos como se fossem peitos, e Dave com sutiã. Tocam 4 músicas e Kurt sai do palco de quatro podre de chapado. Era o "adeus" da banda no Brasil.

04/09/93 - Cow Palace (Bosnian Rape Victim Benefit) - San Francisco, CA
Show realizado em benefício das vítimas de estupro na Bósnia. A banda toca muito bem, inaugurando algumas músicas como Frances Farmer e Serve The Servants. No final do show, Kurt sobe nos amplificadores com a guitarra e fica lá tocando. Depois que Dave para de tocar bateria, ele se joga lá de cima caindo em cima da bateria.


07/23/93 - Roseland Ballroom (New Music Seminar) - New York, NY
No dia do show Kurt teve uma overdose de heroína no hotel, e Courtney injetou algumas drogas nele para reacordá-lo. Ele vomitou bastante mas acordou. Quando subiu no palco, ninguém notou diferença alguma. Um show muito enérgico, com uma mini-performace acústica de Polly, Dumb, Something In The Way, All Apologies e Where Did You Sleep Last Night. Depois disso um "encore". Na volta foi tocada Smells Like Teen Spirit e Endless Nameless. Único show com John Duncan como segundo guitarrista.


08/06/93 - King Theater (Mia Zapata Benefit) - Seattle, WA
A última vez que o Nirvana tocou com 3 integrantes. Foram tocadas covers como No Quarter do Led Zeppelin e Seasons In The Sun de Terry Jacks. Há rumores que I Hate Myself and I Want to Die ou Moist Vagina foi tocada nesse show.


10/31/93 - James A. Rhodes Arena, University of Akron - Akron, OH
Show do Halloween de 1993. Kurt entra vestido de dinossauro, Pat fantasiado de Slash e Dave de
múmia. Fala-se que nesse show foi atirado um sapato no saco do Kurt e ele puto, mijou no sapato
e atirou-o devolta para o público.


11/10/93 - Springfield Civic Center - Springfield, MA
Kurt erra em Dumb e diz: "Me desculpem, eu errei". Depois ele dá uma bronca no pessoal falando:
"Se vocês tacarem mais uma moeda ou sapato, eu vou levar minha guitarra para perto dos amplificadores e farei um feedback massivo por 1 hora. Então parem ok?".


12/16/93 - Golden Spike Arena - Ogden, UT
Nirvana quase parou antes mesmo de começar. Durante Radio Friendly Unit Shifter, Krist viu no
público um cara aparentemente molestando uma mulher. Ele pulou no público para pegar o cara ou
ver o que estava acontecendo. De volta ao palco lá estava um irritado Krist. Kurt ameaçou sair
do palco e não voltar se visse aquilo denovo. O público aplaudiu e ele disse: "Um estupro não
é nada que se possa aplaudir. Se alguém ver qualquer cara molestando uma garota, bata (dê uma
lição) nele.". A banda então continuou tocando até o final do show.


12/31/93 - Oakland Coliseum Arena - Oakland, CA
Show de virada de ano 93-94. A banda parece estar muito empolgada e faz um som ótimo. Em Jesus Doesn't Want Me For a Sunbeam, Kurt para de tocar e aponta para um cara que estava agarrando uma garota e diz: "Ha Ha Ha, Olhem ele! Dando uns amassos em cara? Você tem que ter o poder pra isso".
Depois de Blew a banda faz uma jam e Kurt faz contagem regressiva.


01/03/94 - Pacific National Exhibition Forum - Vancouver, Canadá
Kurt foi atingido por uma moeda e diz: "Oh, eu fui atingido por dinheiro canadense.". Alguém na
galera estava gritando toda hora por Tourette's, até que Kurt se irritou e disse: "O que você
pensa que eu sou? Uma porra de um jukebox?".


03/01/94 - Terminal 1 - Munich, Germany
O último show do Nirvana. Durante um tempo, havia rumores que o show foi cortado após Drain You ou Dumb pois Kurt teria perdido sua voz. Hoje em dia se sabe que o show foi completo, e que Kurt só foi no médico no dia seguinte, sendo cancelada as turnês do resto do mês. As 3 músicas que se já ouviu inteiras foram Radio Friendly Unit Shifter, My Best Friend's Girl e Drain You. Porém, no meio do ano de 1999, um clipe de On A Plain foi visto, o que leva a crer que o show realmente foi completo.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Krist Anthony Novoselic

Dave Grohl

Kurt Cobain



Nirvana

Formação Original

Kurt Donald Cobain:Vocal e guitarra
Dave Eric Grohl: Bateria
Krist Antony Novoselic: Baixo

Biografia de Kurt Cobain

Biografia do Kurt Donald Cobain Nirvana

Kurt Cobain nasceu no dia 20 de fevereiro de 1967 na pequena cidade de Hoquaim, a 140km de Seattle, EUA. Pouco depois mudou-se para Aberdeen, nas proximidades, cuja media de suicidas mais que o dobro da nacional. Sua mae era uma garconete, e o pai era um mecanico.

A vida de Kurt foi normal ate o divorcio dos pais, quando ele tinha 8 anos. Segundo o proprio, ela fez com que ele nunca mais se sentisse seguro ou amado. Durante um longo tempo, Kurt revezava sua moradia entre o pai, na cidade de Montesano, a mae em Aberdeen, e outros parentes da regiao.


Devido sua personalidade iconoclasta no conseguiu muitos amigos enquanto freqentava a High School, o que gerou brigas. Kurt chegou a pintar \"queers\" (\"esquisitos\") nas caminhonetes de seus colegas. Em 1979, Cobain encarou o suicdio de uma tia-avo, o que ocorreu cinco anos mais tarde com outro tio.

Kurt fixou-se na casa de sua mae quando ela se casou de novo. Uma vez, quando desconfiava que o marido estava lhe traindo, ela pos uma arma na cabeca. Kurt estava assistindo quando ela tentou atirar, sem sucesso.

No final de 1987 Kurt mudou-se para Olympia, Washington, para viver com sua namorada Tracy Marander.

Por volta de 1987 o Nirvana, formado pelo guitarrista Kurt Cobain, o baixista Krist Novoselic e o \"as vezes\" baterista Dave Grohl, ja tinha fitas demo, com seu primeiro single, \"Love Buzz/Big Cheese\", e shows por ai. A banda ter surgido foi como um \"alvio\", pois o rock estava se tornando um pouco entediante. Com guitarras destorcidas e musicas com multiplos significados, o Nirvana se tornou, espantosamente, um dos maiores conjuntos de Rock da sua epoca, se nao ate hoje. Ainda nesse ano, Kurt destruiu sua primeira guitarra.

Em 1989 foi gravado o primeiro album da banda, \"Bleach\", com a gravadora independente \"Sub Pop\". Foi quando comecaram a excursionar. Em Portland, Oregon, Kurt tem seu primeiro encontro com Courtney Love, quando ele senta-se em sua mesa e entorna uma cerveja.

Apos as excurses, a banda muda de baterista, de Chad Channing para Dave Grohl.

Na Inglaterra o Nirvana foi muito reconhecido, e ate firmaram contrato com a gravadora Geffen.

Dois anos e meio se passaram apos o lancamento de \"Bleach\", ate que lancaram o tao famoso \"Nevermind\". Este album disparou, da noite pro dia, para o primeiro lugar nas paradas, vendendo nada menos que dez milhoes de copias, lhes rendendo um Disco de Ouro e tornando o Nirvana milionrio da noite para o dia. O primeiro single do album, \"Smells Like Teen Spirit\", foi a musica mais conhecida e considerada meio como um \"hino dos anos 90\".

Cobain comecou com heroina no incio dos anos 90, usando a desculpa de que era um remedio contra dores estomacais e as rigorosas exigncias das turns.

Num Nightclub de Los Angeles, Cobain reencontrou Courtney, que tinha acabado de montar o Hole.

Kurt horrorizou-se quando descobriu que \"Polly\", uma musica ironica anti-estupro, foi cantada por dois homens ao violentar uma menina. Ele chegou a apelar para os fas nas letras de Incesticide: \"If any of you don\'t like gays or women or blacks, please leave us the fuck alone\" (Se algum de voces no gosta de homossexuais, mulheres ou negros, que nos deixem em paz). Cobain tambm nao ficou feliz de saber que o grande sucesso do Nirvana atraia o tipo errado de fas, que, por exemplo, o batiam.

Em Fevereiro de 1992 Cobain foi para o Hava para se casar com a ento gravida Courtney Love. Em 18 de Agosto de 1992 sua filha Frances Bean Cobain nasce. Na edio do mesmo mas, a revista Vanity Fair acusa Courtney de estar envolvida com heroina, levando os Cobain a ser proibidos de ficar sozinhos com a filha recem-nascida por um mas, quando reconquistaram a custodia.

Quando esteve no Brasil, para o Hollywood Rock, no deu entrevista coletiva imprensa, sendo poucos os veiculos de comunicao que conseguiram marcar entrevista com o Nirvana.

Em Agosto de 1992, Kurt levado para um tratamento pelo abuso de heroina, pouco apos o nascimento de sua filha, Frances Bean Cobain. Mais para o final do ano lanado o album \"Incesticide\", uma coletanea com raridades e lados B. Esse disco tambm rende um Disco de Ouro. Em Fevereiro de 1993 \"In Utero\" segue para o topo das paradas. O nome original, que foi vetado pela gravadora, seria \"I hate myself and I want to die\" (eu me odeio e quero morrer). Esse lbum era muito mais aberto do que todos os outros, e nele eram retratados aspectos do casamento Kurt-Courtney e as agonias das experincias de Kurt.

No dia 2 de Maio, Cobain chega bebado em casa. Love chamou a polcia, que de acordo com a ocorrencia que deram, Kurt tinha consumido heroina. Love havia aplicado em seu marido uma droga ilegal, a buprenorfina, que usada para acordar quem teve overdose de herona. Ela tambem lhe deu um Valium, tras Benadryls e quatro tabletes de Tylenol com codena. Love disse policia que esse tipo de coisa ja tinha acontecido antes. Na manha de 23 de Julho, Courtney ouve um barulho no banheiro do hotel em que o casal estava hospedado em Nova York. Ela abriu a porta e viu Kurt desmaiado - Ele tinha tido uma outra overdose.

Em Novembro o Nirvana filmou e gravou um acustico para a MTV americana, onde, por opos, homenagearam bandas que os influenciaram. Boatos surgiram de que o \"Unplugged\" seria o ultimo trabalho do Nirvana, e que a banda estaria para se separar.

No inverno de 1993-1994 o Nirvana seguiu para uma turne na Europa, que apos 20 shows deixou Cobain sem voz. Enquanto se recuperava decidiu ir para Roma, onde encontraria com a mulher. s 6:30 do dia 4 de Marco, ainda em Roma, Courtney descobriu o marido desfalecido, com sangue saindo pelo nariz.

No dia 4 de Marco Kurt foi levado s pressas para um hospital aps uma tentativa de suicdio. Apesar dos 50 comprimidos analgsicos encontrados em seu estmago, bebidos com champanhe, o fato foi considerado apenas um acidente. Muitos dias depois, Kurt retornou Seattle, mas foi convencido por Courtney e amigos para entrar em um programa de desintoxicao em Los Angeles, de onde fugiu alguns dias depois. Cobain foi visto em Seattle com uma espingarda. No dia 5 de Abril de 1994, Kurt foi para um quarto em cima da garagem de sua casa e suicidou. Junto ele foi encontrada uma carta de despedida escrita tinta vermelha.

Apesar disso, existem outras verses para o suicdio: O detetive particular contratado por Courtney Love que descobriu o corpo de Kurt, 3 dias apos sua morte. Tambem chegou a saber que duas outras pessoas tinham conhecimento do fato, e que as ultimas palavras da carta de suicdio, \"Por favor, va em frente, Courtney, por Frances. Pela vida dela, que vai ser muito mais feliz sem min. EU TE AMO,

Principais Frases

Kurt Cobain


"Eu tenho a responsabilidade de falar negativamente sobre a heroína. É realmente uma coisa diabólica. É algo ligado com o Satã."
Kurt Cobain em uma entrevista a MTV

"Vandalismo: tão bonito quanto pedra na cara de um guarda"
Frase escrita na guitarra de Kurt

"Depois de uma hora de conversa acham que podem fazer uma avaliação de nossa personalidade. Por terem as credenciais acham que podem fazer esse tipo de coisa, deveriam ser psiquiatras e não jornalistas"
Kurt em uma entrevista se referindo a mídia.

"Nós temos 100% de controle sobre nossas músicas. O que faz um disco bom são as canções, e se não conseguimos gravá-las do jeito que queremos, não lançamos o disco."
Kurt Cobain

"Todas as drogas são uma perda de tempo. Elas destroem sua memória, seu respeito e tudo mais que vem com sua auto-estima...
Descobri que elas são uma perda de tempo."
Kurt Cobain

"Eu não posso dizer o quanto meu comportamento mudou depois que minha filha nasceu. Mudei porque não queria que minha filha crescesse com as pessoas falando que seus pais são viciados."
Kurt Cobain

"Muitos dos novos fãs são pessoas que não entendem nada do que é música Underground. Eu não posso esperar que todos entendam a mensagem que estou passando."
Kurt Cobain

"Eu esperava que Nevermind fosse vender legal nas primeiras duas semanas e só. Quando percebi que estávamos na MTV, suspeitei que venderia bem mais."
Kurt Cobain

"Eu nunca quis cantar. Eu só queria ficar tocando guitarra no fundo do palco."
Kurt Cobain

"Nos últimos cinco anos eu desejei a morte todos os dias. Às vezes cheguei bem perto."
Kurt Cobain

"Até quando eu serei capaz de gritar até arrebentar os pulmões toda a noite, durante um ano inteiro de turnê?"
Kurt Cobain


Dave

"Não acho que o Nevermind é tão diferente assim do Bleach...para min é apenas uma evolução."

"Eu não gosto de pessoas que ficam fazendo as coisas para min. Não gosto de gente indo me comprar comida, não gosto de ligar pro serviço de quarto e pedir para me trazer cigarros - isso simplesmente não é normal."

"Não somos a ressurreição de Cristo, somos apenas uma porra de uma banda."

"Se o sucesso valeu alguma coisa, foi para nos ensinar humildade, foi para percebermos que somos tão fudidos como qualquer um."

"Tudo que eu tinha era uma maleta e minha bateria, então eu os levei para Seattle e torci para dar certo. Deu!"



Krist

"As pessoas acham que nos auto-destruímos, mas não fizemos isso"

"A gente queria se dar tão bem quanto Sonic Youth. Achava que venderíamos algumas centenas de milhares de discos, no máximo. Nunca imaginei milhões."

"Lembrem-se de Kurt pelo que ele era: carinhoso, generoso e meigo. Vamos guardar a música conosco. Isso nós sempre vamos ter."

"Eu não quero ser nenhuma herói do rock. Não tenho cabeça para isso. Apenas toco baixo numa banda."
Kurt Cobain continua sendo o maior herói da história do rock!


Essa foi a conclusão de uma pesquisa feita pela revista britânica NME, que publicou a lista com os 50 maiores ídolos na edição lançada nesta quarta-feira. No ranking, aparecem desde veteranos do rock, como John Lennon, David Bowie e Joe Strummer (The Clash), até novatos como Pete Doherty (Babyshambles) e Alex Turner (Arctic Monkeys), passando por Liam Gallagher (Oasis), Morrissey e Dave Grohl (Foo Fighters).
A vitória de Kurt Cobain não é uma surpresa, já que os leitores mais jovens se identificam muito mais com o Nirvana que com bandas como Beatles ou Rolling Stones, que há alguns anos dominavam estas pesquisas.
“Havia algo muito inocente em Kurt, ele tinha aquele distanciamento quase infantil. O modo que ele se recolhia em si mesmo fez dele um grande observador das pessoas”, comentou Steve Lamacq, ex-jornalista da NME e uma autoridade musical na Inglaterra.
Veja aqui os 10 primeiros colocados na lista de Heróis do Rock:


1 - Kurt Cobain
2 - Pete Doherty
3 - Morrissey
4 - Liam Gallaagher
5 - Carl Barat
6 - Thom Yorke
7 - Noel Gallagher
8 - David Bowie
9 - Ian Brown
10 - Ian Curtis

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Kurt Cobain


entrevista com garoto da capa do "Nevermind"


Aproximadamente 17 anos depois, entre odiar a escola e jogar pólo aquático, Elden ainda luta para entender sua imagem (muito) pública.

"Uma quantidade razoável de pessoas no mundo viu meu pênis", diz ele da sua casa em Los Angeles. "Então isso é meio que legal. Eu sou apenas um garoto normal vivendo isso e fazendo o melhor que posso enquanto estou aqui".

O “Nevermind” é frequentemente creditado por ter mudado a cara do rock. A participação nua de Elden neste importante momento musical histórial foi um tanto acidental; Kirk Weddle, o fotógrafo que trabalhava na capa, era apenas um amigo do pai de Spencer, Rick.

"[Ele] nos liga e diz, 'Ei Rick, quer ganhar 200 pratas e jogar seu filho na água?'" Rick relembra. "Eu disse, 'O que que rola?' Então ele disse, 'Bom, eu estou fotografando crianças essa semana inteira, por que você não me encontra no Rose Bowl, joga seu garoto na água?' E nós somente fizemos uma grande festa na piscina, e ninguém fazia idéia do que estava acontecendo!"

Três meses depois, enquanto dirigia pela Avenida Sunset Blvd., a família Elden se deparou com um Spencer de 9x9 pés nadando na parede da tradicional loja Tower Records. Dois meses depois, a Geffen Records mandou a Spencer Elden, que contava com um ano de idade, um álbum de platina e um ursinho de pelúcia.

Nos anos que se passaram, 26 milhões de álbuns foram vendidos. Enquanto Elden aprendia a andar. falar e cantar - seus pálidos braços de bebê se esticavam na parede de milhões de fãs grunges; suas partes privadas permaneciam ampliadas em cartazes e pisos.

Em alguns lugares, sua imagem pegou. Outro dia, seus amigos se depararam com um foto gigante do “Nevermind” no piso de uma loja de discos em Hollywood.

"Meu amigo disse, 'Ei, eu te vi hoje'. E eu respondi, 'Cara, eu trabalhei o dia inteiro' E ele disse, 'Não, eu fui na Geffen Records, e você estava no piso e flutuando e eu pisei na sua cara. 'Porque eu imagino que eles tem tipo uma coisa que flutua onde as pessoas podem andar por cima de mim e tal... então é meio que legal," diz ele.

Entretanto, a vida em geral não é tão "legal" como quando ele pulou pelado na piscina no início dos anos 90, diz ele. Nos dias de hoje, seus pares se ocupam apenas com a Internet e video games. Ironicamente, ele sente-se atraído pela era que deu a Kurt Cobain, vocalista do Nirvana, tanta raiva.

Nos dias de hoje, diz Elden, seus contemporâneos se concentram em "jogar Rock Band no Xbox, tipo, isso não é uma banda de verdade! Essa é a diferença entre os anos 90 e os garotos de hoje; garotos no anos 90 realmente se juntavam e montavam uma banda (de verdade)!"

Mas apesar de tudo, a vida é boa, diz ele. Quando não está se frustrando com vídeo gamos e computadores, Elden curte música — na sua maior parte techno — e carrega uma enorme carga de raiva, em grande parte pelo fato de estar "muito de saco cheio" no ensino médio.

"As mesmas pessoas, os mesmo professores... ir até o seu armário, se preocupar com garotas estúpidas... Eu quero que algo aconteça, eu quero viajar," diz ele.

No último outono, ele viajou — para uma escola militar por seis meses. Tudo o que seus pais vão dizer é que ele teve sua quota de "testar autoridade".

Agora ele tenta se formar no ensino médio um ano mais cedo. E ele fala sobre tentar entrar para West Point ou se tornar um artista... ou sei lá.

Como Spencer costuma dizer, "Eu apenas encaro as coisas como elas vêm. Se eu gosto, eu gosto; se eu não gosto, eu não gosto".


Kurt Cobain: dezesseis anos depois (08/04/10)

Há exatos 16 anos, um estampido abrupto e seco colocava a termo a vida dormente e ébria de Kurt Donald Cobain de modo prematuro, aos 27 anos de idade. Este mesmo ato, além de silenciar uma das mais singulares vozes artísticas de nossa história, asseverou o ponto final de uma das mais salutares e curiosas bandas que passaram pelo mundo.

Com a morte de Cobain, ainda mais pelos fatores e circunstâncias que a ensejaram, diversas manifestações acerca do trabalho musical do “frontman” e compositor central do Nirvana foram reverberadas e associadas a tantas outras já existentes. De fato, além de possuir um número sem par de admiradores, o Nirvana (e Kurt, por consequência) agregou também um grupo de “apedrejadores”, sem nenhum exagero ao termo; isto talvez pela grande incompreensão que a música do Nirvana gerou e, surpreendentemente, ainda gera. Tal situação se torna ainda mais densa pelas mudanças havidas no cenário musical após a rápida passagem do Nirvana por seu caminho; afinal, não há como dizer que o rock foi o mesmo depois de “Nevermind”.

Assim, esta reflexão não se destina apenas a entrever os pilares que sustentaram a construção musical de Kurt e sua importância, mas também observar, ainda que brevemente, qual foi o rumo que o rock n roll, de modo genérico, traçou nestes 16 anos de sua ausência.

Não é simples entender concretamente a mensagem perpetrada pelas letras de Kurt, que chegam ao ouvinte junto com o engatilhar da sonoridade do Nirvana sem, ao menos, contrastar sua forma com a história de vida do autor. Para exemplificar tal dificuldade, imaginemos, pois, a figura de um ouvinte que, mesmo sendo um insofismável apaixonado por música, desconheça outro idioma que não o seu e não se preocupa em analisar a tradução das letras das canções estrangeiras que escuta.

Este ouvinte, ao apertar o “play” em “Nevermind”, “In Útero”, ou ainda, em outras canções apartadas, poderá ser abarcado por uma boa sensação, resultante de estar escutando um som forte, muitas vezes denso e concomitantemente empolgante. Por conseguinte, este mesmo ouvinte, interessado com o som da banda, passa a procurar por apresentações do Nirvana e, desde o primeiro instante, percebe estar diante de um certo encantamento. A postura indiferente e violenta do frontman faz o queixo do ouvinte começar a sentir os efeitos irredutíveis da gravidade, enquanto o baixista e o baterista, cada um ao seu modo, puxam-no ainda mais para baixo. Ao fim do vídeo, o mesmo ouvinte, agora mudo e atônito, apenas consegue conjecturar consigo, de modo silente, a seguinte palavra: “impressionante”.

A partir de então, ele começa a se interessar ainda mais pela banda a ponto de ler algumas entrevistas pretéritas já traduzidas. Neste momento, o mito idealizado pelo ouvinte durante a audição de discos e observação de apresentações, começa a ruir. Ele não entende a postura, o comportamento out stage de seu “ídolo” e simplesmente desiste de tentar conectar as declarações absurdas que leu com aquele verdadeiro líder que ousou espatifar uma bateria com seu próprio corpo. Na rua, no bar, na fila do cinema o ouvinte começa a debater o assunto com as pessoas, e o que escuta por vezes faz ainda mais o mito se esvaecer. A estátua do ídolo, agora, não é mais de pedra ou cimento: é de areia, e com o vento, se desfaz, através da mesma indiferença com a qual foi criada.

Apesar de lúdico e hipotético, este é o quadro pintado por muitos daqueles que vêem no Nirvana e principalmente na figura de Kurt o auge da repulsa e do descaso. Como admirar ou adjetivar de “poético” um punhado de palavras sem sentido? Como descrever como excitante uma sonoridade desprovida de qualidade ou preocupação técnica? Enfim, como dizer que o Nirvana foi uma das maiores bandas da história?

Não há como tentar entender qualquer canção do Nirvana, ou ainda, sua postura, sem vislumbrar a motivação original de Cobain, responsável pela composição de todas as letras e bases das canções. Dotado de uma sensibilidade criativa desde muito cedo, Kurt foi abarcado, ainda na infância, por uma das moléstias responsáveis por desajustar o comportamento de crianças e adolescentes: a tortuosa relação de seus pais que, depois do fim, transformou o cotidiano familiar em um ambiente insuportável. Talvez por isto, Kurt tenha crescido com um estigma de inferioridade e auto desprezo muito forte, que decidiu por acompanhá-lo onde quer que ele fosse, desde o seu parco e tímido relacionamento com as pessoas até o modo de escrever suas canções.

Em seus diários, como forma de canalizar esse desespero, Kurt iniciou um processo sincero e confuso de transformar dor em arte, seja em forma de letras ou em desenhos, ambos capazes de, se observados por um psiquiatra, interná-lo em um hospício. O vício em heroína (forma de combater o interminável mal estomacal que lhe afligia), o turbulento casamento com Courtney Love e o nascimento de sua filha Frances Bean agravaram ainda mais este quadro. A partir destas premissas, ao mesmo ouvinte (antes desatento), as letras de “Breed”, “Aneurysm” e a “ultra pop” “Smells Like Teen Spirit” começam a soar, ainda que de modo velado e tímido, congruentes.

Se por vezes Cobain e o Nirvana (por consequência) transpareciam uma arrogância sem par, este era o modo tortuoso que o próprio Kurt encontrava para afastar os seus demônios. Aliás, este era um dos muitos traços disformes de sua personalidade: por trás das grosserias e absurdos perpetrados nas telas, todos que conviviam cotidianamente com ele afirmam que, apesar de seu temperamento difícil (elevado à décima potência pelo vício), Kurt era excessivamente amável e cordial.

Ao mesmo passo, Kurt sempre afirmava e bradava (sem deixar rubra a face) em entrevistas que pouco se importava com o sucesso da banda, chegando a afirmar que nunca se preocupara com isso, quando, em verdade, atormentava cotidianamente seus empresários para que estes pressionassem a MTV, com a intenção maior de apresentar ainda mais os clipes do Nirvana. Agora, não somente as letras soam sinceras e com sentido, como também a postura do ídolo de areia passa a ser vista como simplesmente humana.

Como se não bastasse estes traços incongruentes que irritavam demasiadamente diversas pessoas, (desde o ouvinte mais humilde, como o acima referido, até Axl Rose e James Hetfield), havia também o enorme sucesso que alavancou o Nirvana e modificou, ainda que de modo silente, o modo de fazer música que até então vigorava. Era como se a fórmula clássica do rock n roll tivesse sido profanada e deturpada: não havia sensatez alguma em uma banda de três simples desajustados ter um álbum em primeiro lugar (álbum este, aliás, que se recusava a abandonar tal posto) enquanto obras essências como o “álbum preto” e o duplo Illusions ficavam para trás. E, de fato, tal perspectiva só “piorou”: diversos outros grupos similares ao Nirvana tomaram de assalto a cena e perpetraram temporariamente a receita difundida por Cobain.

Porém, esquecem-se os mais pessimistas (os mesmos que acusam o Nirvana de ter tornado sáfaro o solo outrora fértil do rock n’ roll) que, assim como na geografia e no curso natural da vida, os elementos “perenes” e anteriormente eternos se alteram, abrindo espaço para novos fatores, novos tópicos. Se com as rochas e os mares foi assim, por certo que na arte o efeito não seria oposto, desde muito tempo tem-se provas disso.

Já na metade dos anos 70, o hard rock inteligente e rebuscado de LED ZEPPELIN e GRAND FUNK, bem como a sonoridade psicodélica e progressiva de FLOYD e E. L & P e o glam rock de T. REX e Kiss pareciam restar condenados por um movimento sujo de três acordes, desprovido de técnica ou de comprometimento. Era o punk que dava os primeiros passos, através dos RAMONES, PISTOLS e tantos outros.

Já na transição entre os anos 70 e 80, a New Wave of British Heavy Metal salvou o hard e propugnou de vez o metal (abrindo, através de bandas como Metallica e SLAYER, a trilha do trash), tal qual o SABBATH havia anunciado há quase 10 anos antes. Pouquíssimo tempo depois, foi a vez do “hair” metal assumir a ponta (isto se não levarmos em conta o número de artistas de outras desinências que dominaram igualmente o cenário nesta época, como MICHAEL JACKSON e BAUHAUS). Logo, a mudança sempre se fez presente, seja na década de 60, 70 ou 80. Nos anos 90, quando o GUNS N’ ROSES parecia ter resgatado a coroa do hard rock deixada pelo AEROSMITH anos atrás, Kurt Cobain pegou um adágio próprio que dizia “punk rock means freedom” (punk rock significa liberdade), dobrou-o, recortou-o e provou que, mesmo sendo grunge (movimento este, aliás, tão maleável como uma pasta de dente), era possível emplacar discos e permanecer na história.

Portanto, se muita coisa mudou depois que o NIRVANA passou, era, primeiro, porque tinha que mudar (isso se adotarmos o critério histórico acima descrito) ou, então, porque a cena musical necessitava. Aliás, o momento musical que culminou com o início dos anos 90 foi, de fato, uma das oportunidades de transição mais vultuosas da história. O Metallica, depois de criar uma nova movimentação com “...And Justice For All”, alçou o pleno sucesso com a combinação de peso e elementos comerciais para gravar o conhecido “Black Album”, e quase ninguém os acusou de heresia, naquele momento, por isso.

O GUNS também apostou em sua crescente megalomania para lançar um álbum duplo de inéditas, marcando o surgimento de uma banda bem mais complexa e rebuscada do que aquela que atacou o mundo com “Apetite For Destruction”. Menos de 4 anos depois, a banda, como todos nós a amávamos, havia sido sepultada. Da mesma forma, o Van Halen, em 1991, trocava a receita de seus trabalhos anteriores e lançava o “For Unlawful Carnal Knowledge” (ou simplesmente F.U.C.K) que, apesar de parcialmente agradável, já demonstrava os sinais de anacronismo de Eddie (causados, vejam só, pelos mesmos vícios de Kurt) e criava espaço para as interessantes estranhezas de “Balance”, de 1995.

Sendo assim, não se pode condenar o Nirvana friamente de ter condenado o rock sem se observar todos estes elementos. Não há como discutir a importância da construção musical (ainda que pouco ligada à técnica ou a preocupação com fãs, etc) deixada pela banda e, principalmente, pela figura de Kurt.

Nestes 16 anos após a sua morte, diversas coisas se sucederam. Novos rótulos desnecessários surgiram, mais ídolos caíram e outros grupos tentaram reconquistar seu espaço, mas não tivemos nenhuma outra banda capaz de, com sinceridade e indiferença, sacudir o palco musical do rock n’ roll, seja criando, mesmo que sem querer, um movimento mal alicerçado, ou apenas incomodando aqueles que, desditosamente, achavam possuir o pergaminho que contém o segredo do sucesso.

Com aquele mesmo estampido abrupto e seco, Kurt não silenciou apenas a sua já debilitada vida. Ele também indicou que, dali em diante, o mundo da música não seria mais o mesmo: era como se fosse necessário que outro Nirvana botasse o palanque abaixo para que pudéssemos ver um pouco mais de originalidade neste estado de "quase-mesmice" que abarcou a música no novo século. E é por isto que ainda esperamos, ainda como esperamos a construção das últimas palavras escritas de Kurt: "Paz, Amor e Empatia". Que estas palavras sejam pura existência para Boddah e para todos nós.

Dave Grohl: matéria sobre o músico no The Rock Wall


Nem é preciso conhecer todo o portifólio dele para saber que por onde passa faz sucesso. Além de multinstrumentista, Dave Grohl é uma das figuras consideradas “a cara do rock n’ roll” desse e dos últimos tempos.
Seja como baterista, vocalista ou guitarrista, Dave Grohl sustenta-se como um grande nome do rock n’ roll e prova que se não fosse para música, talvez não teria nascido para outra coisa

Novo filme sobre Kurt Cobain deve sair em breve

De acordo com a revista "The Hollywood Reporter", um novo filme sobre a vida de Kurt Cobain deve ser produzido em breve. A direção ficaria a cargo do cineasta Oren Moverman (O Mensageiro). Os direitos para levar o longa ao cinema foram comprados pela Universal. A viúva do líder do Nirvana, Courtney Love, será a produtora executiva do filme.

A vida do músico, que foi ícone de toda uma geração no início dos anos 90, já foi mostrada no drama "Últimos dias" (2005), dirigido por Gus Van Sant, e no documentário "Kurt & Courtney" (1998), do britânico Nick Broomfield.


Nirvana: astro de Crepúsculo deve dar vida a Kurt Cobain

A cinebiografia de Kurt Cobain, líder do Nirvana falecido em 1994, está sendo produzido pelos estúdios da Universal Pictures e, ao que parece, o ator que interpretará o vocalista da maior banda grunge da história já foi escolhido. Trata-se de Robert Pattinson, mais conhecido como o vampiro protagonista da saga "Crepúsculo". A informação é do tablóide britânico The Sun.

Pattinson estaria procurando COURTNEY LOVE regularmente a fim de garantir seu lugar no projeto. A viúva de Kurt é responsável pela chefia de produção do longa. "Este é um negócio que vale muito dinheiro para Courtney. Ela aceitou o filme na condição de que ela comece a decidir os principais aspectos do projeto, incluindo diretor, elenco, roteiro e música”, disse uma fonte ao jornal.

A vontade da roqueira é que ela seja interpretada pela atriz Scarlett Johansson. "Ela é inflexível sobre Scarlett e a quer no elenco. Scarlett é amiga de Frances Bean, filha de Courtney com Kurt", também disse a fonte. Quanto à direção do filme, o cineasta já teria sido escolhido. David Fincher (diretor de "Clube da Luta" e "Se7en") é nome que circula pela mídia com mais força.

domingo, 18 de julho de 2010

algumas curiosidades

Na mesma semana do suicídio de Kurt Cobain, 68 jovens se mataram imitando o ídolo.

Os jornais afirmam que Kurt morreu no dia 5 de abril de 1994, mas sua mãe diz ter recebido um telefonema do filho na noite do dia 6 de abril. O corpo só foi encontrado dia 8 na sua própria casa.

Quando o Nirvana foi gravar o acústico para a MTV, Kurt pediu ao diretor do programa para que enchesse o palco de velas e flores. O diretor disse então para Kurt que iria ficar parecendo o funeral, Kurt responde que era mesmo esta a idéia.

Como muitos pensam, Kurt não sabia da existência do desodorante Teen Spirit quando escreveu seu maior hit "Smell like Teen Spirit". Uma amiga certa vez disse que ele fedia como o tal desodorante, e Kurt achou legal a frase e escreveu o seu maior sucesso, hino do Nirvana.

O Nirvana teve vários problemas para encontrar um baterista. Muitos passaram pela banda, sendo que um deles perdeu o dedo cortando árvores com uma serra elétrica.

Em seu último CD de estúdio(In Utero), Kurt queria simplesmente nomear o CD de "I hate myself and I wanna die"(Eu me odeio e quero morrer)

Agora, na casa onde Kurt morreu, sua mulher(Courtney Love) faz festinhas e mandou demolir a garagem onde Kurt morreu.

Houve mais duas bandas chamadas Nirvana. Uma foi no início dos anos 60 e teve um único desapercebido hit. A outra era um grupo cristão de começo dos anos 80, que por acaso tentou processar o Nirvana.

Courtney Love se casou com o vestido de Frances Farmer – que Kurt comprou por 100 mil dólares! A filha de Kurt, porém, não foi batizada em homenagem a Frances Farmer como muitos pensam, mas sim de um integrante dos Vaselines.

A canção Stay Away foi mudada de última hora e se chamava Pay to Play.

Para tocar no Seminário da Nova Música, em 23 de julho de 1993, Kurt teve que tomar uma droga ilegal(injetada por Courtney) para anular os efeitos da heroína. Ninguém notou a diferença.

Kurt destina sua carta de suicídio a Boddah, um amigo imaginário que tinha quando era jovem, característica de algumas crianças que não tem muitas amizades

Por uma mera coincidência, dois integrantes do Meat Puppets também se chamam Cris e Curt

Ao contrário do que muitos pensam, Frances Bean não é nenhuma homenagem a Frances Farmer, Kurt inspirou este nome em um dos membros dos Vaselines, que ele é fã de carteirinha

Polly é um apelido para papagaio, equivalente ao que chamamos de "loro" aqui no Brasi

carta que kurt cobain deixou antes de morrer

carta original

Tradução

Para Boddah(Amigo imaginário que Kurt tinha quando era pequeno)

"Falando da língua de um simplório experiente que obviamente preferiria ser um eliminado, infantil e chorão. Este bilhete deve ser fácil de entender.
Todas as advertências dadas nas aulas de punk rock ao longo dos anos, desde a minha primeira introdução a, digamos assim, éticas envolvendo independência a aceitação de sua comunidade provaram ser verdadeiras. Há muitos anos eu não tenho sentido a excitação de ouvir ou fazer música, bem como ao ler e escrever. Minha culpa por isso é indescritível em palavras.
Por exemplo quando estou atrás do palco e as luzes apagam e o ruído maníaco da multidão começa, não me afeta do jeito que afetava Freddy Merucury que costumava amar, se deliciar com a adoração da multidão que é algo que eu totalmente admiro e invejo. O fato é que eu não posso fazer você de tolo, nenhum de vocês, posso enganar. Simplesmente não é justo a você ou para mim. O pior crime do que eu posso imaginar seria enganar as pessoas sendo falso e fingindo como se eu estivesse me divertindo 100%.
Às vezes eu acho que eu deveria acionar um despertador antes de entrar no palco. Eu tentei tudo dentro de meu alcance para gostar disso(e eu gosto, Deus, acredite em mim eu gosto, mas não foi o suficiente). Eu aprecio o fato de que eu e nós atingimos e divertimos muitas pessoas. Eu devo ser um desses narcisistas que só dão valor as coisas quando elas se vão. Eu sou sensível demais. Preciso ficar um pouco dormente para ter de volta o entusiasmo que eu tinha quando criança.
Nossas últimas três turnês, tive um reconhecimento por parte de todas as pessoas que conheci pessoalmente e dos fãs de nossa música, mas eu ainda não consigo superar a frustração, a culpa e a empatia que eu tenho por todos. Existe o bom em todos nós e acho que eu simplesmente amo as pessoas demais, tanto que chego a me sentir mal. O triste, o sensível, insatisfeito, pisciano, pequeno homem de Jesus. Por que você simplesmente não aproveita? Eu não sei!
Eu tenho uma esposa que é uma deusa, que transpira ambição e empatia, e uma filha que me recordam muito do que eu era, cheio de amor e alegria, beijando toda pessoa que ela encontra porque todo o mundo é bom e não a fará nenhum dano. E isso me apavora ao ponto de eu mal conseguir funcionar. Eu não posso ficar com a idéia de Frances se tornar o triste, o autodestrutivo e mórbido roqueiro que eu virei. Eu tive muito, muito mesmo, e eu sou grato por isso, mas desde os sete anos , passei a ter ódio de todos os todos os humanos em geral. Apenas por que eu amo e sinto demais por todas as pessoas, eu acho.
Obrigado do fundo de meu nauseado estômago queimando por suas cartas e sua preocupação ao longo dos anos. Eu sou mesmo um bebê errático e triste! Não tenho mais a paixão, então lembrem, é melhor queimar do que se apagar aos poucos.

Paz, Amor, Empatia.

> Kurt Cobain

Frances e Courtney, eu estarei em seu altar.
Por favor vá em frente Courtney, por Frances.
Por sua vida, que vai ser mais feliz sem mim.

EU TE AMO, EU TE AMO!"

Curiosidades:


Em 22.02.1992, Kurt Cobain, casou-se com Courtney Love, líder do grupo

Hole;

Nirvana não foi o primeiro nome da banda, ela chegou a chamar-se Faecal

Matter (Matéria Fecal);

Dave Grohl foi baterista no Nirvana, mas em sua nova banda, Foo Fighters,

ele é vocalista;

Em 13 de maio de 2005, o diretor Gus Van Sant lançou um filme inspirado

nos últimos dias do cantor. Last Days foi lançado no Festival de Cannes.